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Maria Aparecida Bento fala sobre os caminhos para institucionalização da lei 10.639/2003

18/10/12 12h12
EBC
Maria Aparecida Bento, diretora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, CEERT-SP. (tv brasil / Creative Commons)

A diretora do Centro de Estudo das Relações de Trabalho (CEERT-SP), Maria Aparecida Bento, diz que a publicação da coleção da Unesco representa um momento muito importante para quem faz parte do movimento negro no país. Ela lembra que a área de educação é onde existe a maior concentração de ativistas, pesquisadores e produção de estudos.

A diretora do CEERT-SP acredita que a obra é uma grande conquista porque remete a gestão e a políticas públicas. “Quando o movimento negro investe em educação, é porque acredita que é uma via para se construir uma sociedade mais justa e democrática. Nosso desafio está em como efetivar essa conquista e fazer com que ela se dissemine por todo o país, tornando-a acessível às escolas e a toda a população”, afirma.

Maria Aparecida Bento diz que história da África não é só a história dos africanos, mas também a dos europeus. Ela permite conhecer com mais detalhes a história europeia e  recoloca negros e brancos em seus papeis na construção do mundo. Para ela, trata-se de uma mudança de paradigma, uma outra visão de mundo e muitos interesses em jogo. “A África foi apresentada como primitiva e  isso tem impacto sobre a identidade do negro e da nação brasileira. Este país, agora, tem um reencontro consigo mesmo para reencontrar sua identidade”, diz Bento.

Confira o discurso de Maria Aparecida Bento:

Creative Commons - CC BY 3.0 -
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