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Conheça seis filmes do diretor Hector Babenco

14/07/16 16h01

O Brasil perdeu na noite de quarta-feira (13/7) um de seus maiores nomes no cinema. Hector Babenco morreu aos 70 anos, após uma parada cardíaca, e deixa como legado uma lista de filmes que marcaram a sétima arte brasileira.

Argentino com naturalidade brasileira desde 1977, ele foi o primeiro cineasta latinoamericano a concorrer ao Oscar na categoria de Melhor Diretor pelo filme "O beijo da mulher-aranha", co-produção com os Estados Unidos realizada em 1985. Entre seus grandes sucessos está também "Carandiru", adaptado na obra Estação Carandiru, de Dráuzio Varella.

Conheça alguns de seus filmes:

"Lúcio Flávio, o passageiro da agonia" (1977)

Baseado no livro de José Louzeiro, retrata a vida de um criminoso que ficou conhecido na década de 1970 por roubos a bancos. O ator Reginaldo Faria interpretou o protagonista e recebeu Kikito de Ouro no Festival de Gramado de 1978, premiação em que a obra foi indicada à categoria de Melhor Filme, e recebeu também as estatuetas de Melhor Ator Coadjuvante (Ivan Cândido), Melhor Fotografia e Melhor Edição. Na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo de 1977, "Lúcio Flávio, o passageiro da agonia" recebeu o Prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular.
 

Creative Commons - CC BY 3.0 - Pôster do filme "Lúcio Flávio, o passageiro da agonia", de Hector Babenco. Foto: Reprodução

"Pixote, a lei do mais fraco" (1980)

Um dos filmes mais marcantes da carreira de Babenco, "Pixote" retrata a realidade nas ruas de São Paulo, onde crianças têm a inocência roubada ao entrarem em contato com um mundo de crimes, prostituição e violência. Foi indicado como melhor filme estrangeiro ao Globo de Ouro de 1982, e venceu, na mesma categoria, o New York Film Critics Circle Awards, dos EUA. Pelo trabalho de direção, Hector Babenco recebeu o Leopardo de Prata do Festival de Locarno de 1981, na Suíça.

Creative Commons - CC BY 3.0 - Cena de "Pixote, a lei do mais fraco" com Fernando Ramos da Silva e Marília Pêra. Foto: Divulgação

"O beijo da mulher-aranha" (1984)

A co-produção entre Brasil e EUA tem a direção de Hector Babenco e brasileiros como Sônia Braga, José Lewgoy e Miriam Pires no elenco. Com ele, o Brasil teve seu primeiro diretor indicado ao Oscar. O filme rendeu indicações também aos prêmios de melhor filme e melhor roteiro adaptado, e deu a William Hurt o prêmio de melhor ator. "O beijo da mulher-aranha" acumulou ainda indicações a estatuetas do Festival de Cinema de Cannes, Globo de Ouro e BAFTA.

Creative Commons - CC BY 3.0 - Pôster de "O beijo da mulher-aranha", de Hector Babenco. Foto: Reprodução


"Carandiru" (2003)

A adaptação do livro Estação Carandiru, do médico Drauzio Varella, mostra a realidade dos presídios brasileiros durante um trabalho de prevenção à infecção pelo vírus HIV realizado na extinta Casa de Detenção de São Paulo. Pelo trabalho de direção, Hector Babenco foi indicado à Palma de Ouro do Festival de Cannes, ao Prêmio Qualidade Brasil, ao Grande Prêmio Cinema Brasil e ao Festival de Cinema de Havana, vencendo os últimos dois.

"O Passado" (2007)

Produção argentino-brasileira lançada em 2007, o filme abriu a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo do mesmo ano. É o último filme da carreira do ator brasileiro Paulo Autran e conta com o mexicano Gael García Bernal no elenco.

"Meu Amigo Hindu" (2016)

A última obra de Babenco é inspirada nas memórias do cineasta, que na década de 1990 teve um câncer linfático e recebeu transplante de medula. A história mostra a relação de amizade entre um cineasta que tem câncer em estágio avançado e um menino hindu de oito anos de idade que também está internado. O filme, uma co-produção com os Estadios Unidos, foi apresentado pela primeira vez durante a 39ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em 2015 e tem o ator Willem Dafoe como protagonista.

Creative Commons - CC BY 3.0 - Cena de "Meu Amigo Hindu", filme de Hector Babenco. Foto: Divulgação

 

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