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Conheça a história das escolas de Samba de São Paulo

06/02/16 10h18

São Paulo é considerada capital econômica do Brasil, mas nem por isso respira seriedade o ano inteiro. Quando começa o canrnaval, centenas de blocos ganham as ruas com todos os ritmos musicais e muita gente fantasiada, e o sambódromo do Anhembi se torna palco de desfiles que em nada perdem para a Sapucaí do Rio de Janeiro. A cada ano, as escolas de samba ganham mais integrantes e fãs que cantam seus sambas-enredo e ajudam a dar brilho ao carnaval.

Muita coisa se passou desde a criação da primeira escola de samba de São Paulo até hoje. No carnaval 2016, o sambódromo do Anhembi será palco dos desfiles de 14 agremiações do Grupo Especial nos dias 5 e 6 de fevereiro, e de mais 9 escolas no Grupo de Acesso, que desfila no domingo (7), com transmissão ao vivo para o estado de São Paulo na TV Brasil.

Você sabe como surgiu essa tradição na cidade de São Paulo? Confira abaixo algumas curiosidades sobre o carnaval paulista:

Nascimento das escolas de samba

As escolas de samba surgiram em 1846, quando um grupo dos foliões com bombos e tambores, comandados por um português chamado Zé Pereira, saiu às ruas do Rio de Janeiro nos dias de carnaval fazendo o maior barulho. Essa tradição chegou a São Paulo no ano de 1935.

O carnaval carioca e o rádio

Com a influência da Rádio Nacional, que havia começado a transmitir os desfiles carnavalescos do Rio, nasceu a Primeira de São Paulo, no ano de 1935, considerada a primeira escola de samba da capital paulista. Nesse mesmo ano, agremiações mais populares foram incluídas no carnaval oficial da Prefeitura de São Paulo, que passou a oferecer local, arquibancadas, infraestrutura, além de apoiar e oficializar campeonatos.

Lavapés é a escola mais antiga em atividade

Em 1937 surgia, pelas mãos de uma mulher conhecida como Madrinha Eunice, a mais antiga escola de samba paulista ainda em atividade: Lavapés. Madrinha Eunice, mulher, negra e de origem humilde, era considerada avançada para a época por se envolver com o samba.

A Lavapés foi sete vezes campeã do Grupo Especial, mas não acompanhou a evolução das concorrentes: a escola começou a cair em 1977 e acabou deixando o grupo de elite do carnaval paulistano.

Na esteira dessas escolas, surgiram outras tantas como a Vai-Vai, Nenê de Vila Matilde e Peruche. Na década de 1970, chegaram as "novas": a primeira delas foi a Mocidade Alegre, que antes era um bloco de rua.

Escola de samba Lavapés. Foto: Divulgação

Torcidas organizadas de futebol abraçam o carnaval

Durante as décadas 1970 e 1980, foi feita a aliança entre as escolas de samba e os times de futebol paulistas. Nessa época, surgiram entidades carnavalescas que fariam muito sucesso no futuro, como a Gaviões da Fiel, multicampeã desfilando pela categoria dos blocos em São Paulo. Na mesma década, surgiram a TUSP (Torcida Uniformizada do São Paulo), a TUP (Torcida Uniformizada do Palmeiras), que não acompanharam com muito sucesso a força que a Gaviões já tinha.

Gaviões da Fiel no carnaval 2015 de São Paulo

Em 1991 a Mancha Verde e a TUP (afastada do Carnaval) foram convidadas a desfilar na Águia de Ouro. A torcida do Palmeiras, então, aderiu à escola, e assim começou a ajudá-la a crescer. Foram surgindo várias entidades como a Torcida Jovem do Santos, TUP, Camisa 12 e Dragões da Real.

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