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Em Olinda, quarta-feira é "ingrata", mas folia está longe de acabar

05/03/14 13h14
Portal EBC*
Encontro de bois - Olinda (Prefeitura de Olinda - arquivo)

"É de fazer chorar, quando o dia amanhece e obriga o frevo acabar ... Ôh quarta-feira ingrata chega tão depressa só pra contrariar". A letra do poeta Luiz Bandeira, entoada a cada quarta-feira de cinzas pelas ladeiras de Olinda, tem até um "quê" de melancolia ou saudosismo depois de um carnaval inteiro em que se respirou frevo, caboclinho, irreverência e criatividade. Mas, de verdade mesmo, ninguém chora. Nesta manhã já teve o bloco Bacalhau do Batata e está previsto para esta noite (isso mesmo!) mais ritmos com encontros de afoxés e de bois, a partir das 19h.

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O Bacalhau do Batata completou, em 2014, 52 anos de folia. O bloco surgiu a partir da "revolta" de garçons que passavam os quatro dias de folia trabalhando e não tinham qualquer momento para fazer sua própria festa. Foi a partir disso que o garçom Isaías Pereira da Silva, conhecido como Batata, idealizou uma agremiação que foi caindo no gosto de quem não queria deixar a folia de jeito nenhum. O bloco segue pela Ladeira da Sé com o mesmo fôlego do sábado de Zé Pereira. O garçom Batata morreu em 1993.

Ainda nesta quarta, às 19h, tem Encontro de Afoxés, no Largo do Guadalupe, e também o Encontro de Bois, na Rua da Boa Hora, no Varadouro

*Com informações da Prefeitura de Olinda

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