Compartilhar:

Brasil, Colômbia e Peru formam rede para combater tráfico de pessoas

22/05/15 09h19
Repórter Solimões

Para combater o tráfico de pessoas na região do Alto Solimões, uma rede de enfrentamento foi formada pelos países Brasil, Colômbia e Peru.

O Amazonas foi o estado brasileiro que mais registrou ocorrências de tráfico para exploração sexual. E as mulheres, adolescentes e crianças, são as que mais sofrem com o tráfico. A maioria é de classe social mais baixa e possuí pouca escolaridade. Homens também são traficados, principalmente, para o trabalho escravo.

Confira áudio no player abaixo: 

Creative Commons - CC BY 3.0 - Brasil, Colômbia e Peru formam rede para combater tráfico de pessoas

A presidente do Conselho Municipal da Criança e Adolescente de Tabatinga, Izalene Tiene, informou que a porta de saída das meninas traficadas de Tabatinga, no Alto Solimões, para outros países é a cidade peruana de Caballococha, onde não há fiscalização. “Por Caballococha é que as meninas são levadas, porque saem de Letícia ou de Santa Rosa e depois quando chegam em Caballococha não tem mais um controle, não tem mais fiscalização”, disse Izalene Tiene.

A missionaria da diocese do Alto Solimões, Rose Bertoldo, explica que tráfico de pessoas acontece por meio de aliciamento, recrutamento, uso da força, rapto, coação, fraude ou outras formas de engano, para fins de obter lucro sob essas pessoas. Ainda de acordo com a missionária, o tráfico acontece para exploração sexual, trabalho escravo, venda de órgãos, casamento servil e atividades criminosas, como o tráfico de drogas.

Um grupo de trabalho foi montado para fazer um diagnóstico da situação e no mês de julho, deste ano, haverá uma apresentação dessa pesquisa, informou a presidente do Conselho Municipal da Criança e Adolescente de Tabatinga.

O Repórter Solimões entrou em contato com a Polícia Federal, mas até o fechamento dessa matéria não obteve retorno. 

 

Compartilhar: