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Dilma diz que vai chamar pacto com prefeitos para melhorar serviços públicos

21/06/13 21h13

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (21), em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, que vai convocar um grande pacto com os prefeitos para melhorar o serviço público. De acordo, será elaborado um plano nacional de mobilidade urbana que privilegie o transporte público. Entre outras medidas ressaltadas pela presidenta estão a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação e vinda de médicos estrangeiros para ampliar o atendimento no Sistema Único de Súde (SUS). Dilma também destacou o vigor das manifestações, mas condenou os ataques a patrimônios públicos e privados. "A voz das ruas tem que ser ouvida e não pode ser confundida com o barulho de alguns". 

Assista ao pronunciamento:

Creative Commons - CC BY 3.0 -

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Leia a íntegra do pronunciamento

“O meu governo está ouvindo as vozes democráticas que pedem mudanças”, disse Dilma. Ela ressaltou que irá receber os líderes das manifestações pacíficas que ocorrem por todo o país, os representantes das organizações jovens, entidades sindicais, movimento de trabalhadores e associações populares. “Precisamos de sua energia e criatividade, de sua aposta no futuro e de sua capacidade de questionar erros do passado e do presente”, afirmou.

A onda de protestos pelo Brasil teve início na semana passada a partir das passeatas organizadas em São Paulo pela redução da tarifa de transporte público. O movimento se espalhou por todos os estados do país e na noite de quinta-feira reuniram mais de 1 milhão de pessoas. As manifestações são em sua maioria pacíficas, mas foram registrados episódios de vandalismo, especialmente no Rio de Janeiro e em Brasília.

Violência nos protestos

Dilma condenou as ações de violência e depredação nos protestos registradas nos últimos dias e disse que "o governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria violenta e autoritária ataque o patrimônio". "Se aproveitarmos bem poderemos fazer melhor e mais rápido muita coisa que o Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e econômicas. Mas se deixarmos que a violência nos faça perder o rumo, estamos não apenas disperdiçando uma grande oportunidade histórica, como também de colocar muita coisa a perder", defendeu.

Sobre os gastos com a Copa do Mundo de 2014, Dilma disse que não utilizou recursos que que prejudicassem setores básicos como educação e saúde. “Em relação à Copa, quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com as arenas, é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e governos que estão explorando estes estádios”; disse. Ela também defendeu que os estrangeiros sejam acolhidos com respeito, carinho e alegria e afirmou que “o Brasil merece e vai fazer uma grande Copa”.

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