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Presidente egípcio diz que novos poderes são temporários e apela ao diálogo democrático

25/11/12 18h12
Ao assumir o governo, Morsi enviou para reserva líderes das Forças Armadas, que mantiveram o poder nos últimos 30 anos ( European External Action Service - EEAS/Creative Commons)

Brasília - O presidente do Egito, Mohamed Morsi, disse hoje (25) em comunicado que os poderes que atribuiu a si próprio por decreto são temporários e apelou a um “diálogo democrático”. “A presidência reafirma a natureza temporária das medidas, que não se destinam a concentrar todos os poderes mas, pelo contrário, (…) evitar qualquer tentativa para comprometer ou fazer desaparecer as duas instituições eleitas democraticamente, a Câmara Alta do Parlamento e a Assembleia Constituinte”, informa o comunicado divulgado no início da noite.

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Por meio de uma “declaração constitucional” anunciada quinta-feira (22), Morsi considerou ter o direito de “tomar qualquer decisão ou medida para proteger a revolução” de 2011, uma iniciativa que, segundo os seus apoiadores, deverá permitir estabilizar a transição democrática do país.

No entanto, a decisão é considerada pela oposição como uma ameaça ao processo democrático e um “golpe de Estado” que compromete os fundamentos da revolta que no início de 2011 derrubou o regime autocrático do ex-presidente Hosni Mubarak.

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