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Argentina e Chile sinalizam interesse de ter o Brasil em força de paz, diz observador militar

12/11/12 10h51
Renata Giraldi
Brigada Cruz Del Sur foi estabelecida pela ONU para atuação em qualquer lugar do mundo (Amanda Rossi/Creative Commons)

Brasília – As autoridades do Chile e da Argentina sinalizam o interesse de que o Brasil participe da brigada Cruz Del Sur, que é uma força de paz, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), para atuação em qualquer lugar do mundo. O subchefe de Logística Operacional do Ministério da Defesa, contra-almirante Jorge Armando Nery Soares, acompanhou a primeira operação da brigada, que ocorreu há dois dias, na Bahía Blanca, a 700 quilômetros de Buenos Aires, capital da Argentina.

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“Foi muito importante a nossa participação porque demonstra que há interesse da Argentina e do Chile em ter o nosso apoio na força de paz. Verificamos as ações e conversamos sobre o assunto”, disse à Agência Brasil o contra-almirante. “Essa força de paz está à disposição da ONU, que definirá o local em que deve ser empregada.”

Porém, a participação do Brasil na força de paz depende ainda de uma série de negociações. É necessário que seja articulado um acordo internacional, a ser submetido à Presidência da República, ao Ministério da Defesa e ao Congresso Nacional. “Há várias exigências que devem ser cumpridas, mas já existe um avanço [pelo fato de o Brasil ter sido convidado a acompanhar a ação militar]”, disse o militar brasileiro.

Do dia 7 até ontem (11), três oficiais do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas acompanharam as ações da brigada Cruz Del Sur. Durante as ações militares, são simuladas situações que podem ocorrer em missões de paz. No total, cerca de 1,4 mil homens participam da força. Além disso, há aparato militar com dois navios e oito helicópteros.

As autoridades do Chile e da Argentina negociam a missão de paz desde 2003, com o objetivo de estreitar as relações entre os dois países, uma vez que no passado viveram situações de conflito. Em 2006, foi firmado o acordo para instaurar a Força de Manutenção de Paz Combinada.

Edição: Juliana Andrade

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