Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O Shopping JK Iguatemi, na zona sul de São Paulo, fechou as portas, no fim da tarde de hoje (18), para evitar o acesso de manifestantes que participavam de um ato a favor dos “rolezinhos” e contra o racismo. O shopping funcionava normalmente até o momento em que os manifestantes chegaram em frente ao estabelecimento.
Apesar do fechamento, quem está no prédio pode sair. Não é autorizada a entrada de clientes, lojistas e funcionários. Não há presença da polícia, apenas do corpo de seguranças do estabelecimento.
Alguns manifestantes, que não portavam bandeiras e instrumentos musicais, chegaram a pedir aos seguranças autorização para entrar no prédio, o que foi negado.
Um grupo de advogados das entidades que participa do ato foi à delegacia policial mais próxima para fazer um boletim de ocorrência. Eles alegam que as pessoas passaram por constrangimento ilegal e que o shopping cometeu crime de racismo.
“Qual o crime que essas pessoas cometeram, o crime de vir ao shopping? Para mim está caracterizado o crime de racismo”, disse o advogado Eliseu Soares Lopez.
“Os shoppings agora se equiparam as universidades, porque a universidade seleciona que o branco entra e o preto não. Os shoppings se equiparam a polícia, porque ela age de uma forma com o branco e de outra com o negro”, acrescentou.
Na porta do estabelecimento, os manifestantes permanecem reunidos. Eles falam palavras de ordem como “racistas, não passarão”, e “abaixo o apartheid”.
Edição: Aécio Amado//Matéria alterada às 17h38 para corrigir informação e esclarecer título. Diferentemente do que o texto informava, as pessoas que estão no interior do shopping conseguem sair.// Matéria alterada às 19h42 para esclarecer informação.
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