Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Museu de Arte do Rio não foi o único espaço cultural inaugurado no Rio em 2013. No mesmo mês de março, a capital fluminense ganhou em Botafogo, na zona sul da cidade, a Casa Daros, com a proposta de divulgar e fortalecer a arte contemporânea latino-americana, tendo a educação como espinha dorsal.
Instalada em um prédio de estilo neoclássico, datado de 1866 e tombado pelo município em 1987, a Casa Daros tem mais de 12 mil metros quadrados, com imenso espaço para exposições, biblioteca, auditório, restaurante, cafeteria e loja. As obras de restauração duraram seis anos e custaram R$ 67 milhões, bancados pela instituição suíça Daros, detentora de uma das maiores coleções do mundo de arte contemporânea da América Latina, com cerca de 1,2 mil obras de 117 artistas.
Desde a inauguração, mais de 80 mil pessoas vistaram as exposições e outros eventos na Casa Daros. O destaque foi a mostra Cantos Cuentos Colombianos, com obras de artistas contemporâneos daquele país. Atualmente, a exposição principal em cartaz, até 23 de fevereiro de 2014, é Le Parc Lumière-Obras Cinéticas de Julio Le Parc.
Além dessas, ocorreram ao longo de 2013 dez exposições vinculadas à temática arte e educação e diversos encontros de artistas plásticos com o público. A programação para o primeiro semestre de 2014 já está definida, e as exposições principais serão dedicadas à pintura. A série começa em março com o artista argentino Fabian Marcaccio e prossegue com um mostra individual do brasileiro Luiz Zerbini e duas conjuntas: do brasileiro Eduardo Berliner e o argentino Guilherme Kuitca e da brasileira Vânia Mignone e o cubano René Francisco.
Já no Museu de Arte do Rio, a programação de 2014 prevê sete exposições temporárias e duas do acervo do museu, que vem sendo formado com doações de colecionadores, instituições e dos próprios artistas. Um dos destaques é Do Valongo à Favela, com abertura prevista para 27 de maio.
A exposição terá como foco a própria região portuária do Rio, marcada pelo comércio de escravos na época colonial e pelo surgimento, no final do século 19, da primeira favela, atualmente chamado Morro da Providência. A mostra reunirá obras e imagens que documentam a história da região.
Outra exposição é Josephine Baker e Le Corbusier, com abertura em 15 de abril. A ideia da mostra parte do encontro de duas figuras representativas da vanguarda, a cantora Josephine Baker e o arquiteto Le Corbusier, ocorrido no Rio de Janeiro em 1929, para uma abordagem das questões do corpo e do espaço arquitetônico. Serão cerca de 80 obras de artistas brasileiros, como Flavio de Carvalho, e estrangeiros, como Andy Warhol e Alexander Calder.
Edição: Talita Cavalcante
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