Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo- O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes–Consumidor mostra um recuo, em novembro, de 10,74% nas ações de roubo de identidade em que os dados pessoais são usados para golpes financeiros. Já em comparação com o mesmo mês do ano passado, houve alta de 11,8%. Segundo a pesquisa, ocorreram 199.971 tentativas ante 224.025, em outubro.
Isso significa que, a cada 13 segundos, um criminoso se fez passar por uma pessoa para fechar negócios ou obter financiamento com a intenção de ganhar dinheiro deixando a dívida para quem teve os dados pessoais roubados. As ações foram mais frequentes no comércio varejista, com 7,2% das tentativas. Nesse segmento, houve alta de 3,9% sobre outubro, mês que já tinha apresentado um avanço de 10,5%.
Quase a metade dos casos, 45,8%, foi verificada no setor de telefonia com 91.673 registros. No mesmo mês do ano passado, ocorreram 38,8% do total de casos. Na área de serviços, que engloba construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de beleza, pacotes turísticos etc.) foram registradas 55.535 ações ou 27,8% do total, alcançando o maior volume em um mês desde janeiro.
Essa área era a modalidade mais escolhida pelos criminosos, em novembro do ano passado, quando atingia 34,4% dos casos. Já no setor bancário, terceiro no ranking, ocorreram, em novembro último, 35.096 tentativas, correspondentes a 17,6% do total. Essa proporção ficou levemente acima da apurada em igual mês do ano passado (17,1%).
No acumulado de janeiro a novembro foram registrados 2,01 milhões de tentativas de fraude ante 1,95 milhão no mesmo período de 2012. A Serasa Experian alerta ao consumidor para ficar mais atento durante as compras de final de ano.
Na mira dos criminosos estão, principalmente, os dados pessoais fornecidos pelos consumidores em cadastros na internet. A Serasa recomenda cautela antes de enviar esses dados, verificando sempre a idoneidade e a segurança dos sites.
Entre as ações dos golpistas estão a compra de telefone com o uso de falsa identidade para que o criminoso consiga comprovar endereço e possa abrir contas em bancos, ter acesso a talões de cheque, cartões de crédito e fazer empréstimos bancários.
Edição: José Romildo
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