Aeroporto Santos Dumont testa nova operação de entrada e saída no terminal

19/12/2013 - 20h55

Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O secretário de Transportes do município do Rio de Janeiro, Carlos Roberto Osorio, considerou bem-sucedidos os testes feitos hoje (19) com as mudanças que serão implantadas na entrada e saída do Aeroporto Santos Dumont.

O novo modo de operação entra em vigor amanhã (20). O objetivo das mudanças, que foram anunciadas no dia 28 de novembro, é melhorar o deslocamento dos passageiros que chegam ao Rio pelo terminal.

De acordo com Osório, que acompanhou o teste ao lado do ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, o que foi acordado entre a prefeitura e a Secretaria Nacional da Aviação Civil foram mudanças para melhorar o funcionamento de serviços da área externa do aeroporto. "O Santos Dumont tem limitações, porque o prédio é tombado e fica em frente a uma praça, também tombada pelo patrimônio, na área do Aterro do Flamengo, igualmente tombado."

Osório informou que as alterações testadas hoje têm o objetivo de melhorar o serviço de táxi no aeroporto e de dar aos passageiros mais uma opção de transporte por ônibus, fazendo a integração com o centro da cidade.

"São questões logísticas das áreas externas”, disse ele. As mudanças incluem a organização das filas no saguão em frente às áreas de embarque em táxi especial e comum, um novo retorno exclusivo para táxis, que terão mais agilidade para ir do terminal de embarque para o de desembarque, e uma linha de ônibus urbano, com ar-condicionado, para a Cinelândia, em frente à estação do metrô, detalhou o secretário. Segundo ele, a meta é que a espera por táxi não passe de 20 minutos. O ônibus sairá a cada 15 minutos e a tarifa será a padrão da cidade: R$ 2,75.

O ministro Moreira Franco ressaltou que o teste para implantação do plano, marcado para esta sexta-feira (20), foi antecipado por causa da previsão de movimentação recorde de 360 mil passageiros nos aeroportos do país. “Antecipamos [o teste] para amanhã tudo já estar funcionando. Felizmente, as coisas andaram muito bem. Diminuiu-se o tempo de circulação do táxi, melhoramos a saída, aumentamos as alternativas", disse o ministro.

Para o presidente de uma das cooperativas de táxis especiais que operam no Santos Dumont, Carlos Ribeiro, as mudanças melhoraram muito o trabalho dos taxistas. “Antes dessas melhorias, um motorista de táxi que deixasse seu passageiro no terminal de embarque e tivesse que voltar à área de desembarque para pegar outro passageiro, levava até 40 minutos. Hoje, não chega a cinco minutos. Isso significa que temos uma capacidade muito maior de levar passageiros e acabar com as filas no aeroporto.”

Quando ao problema recorrente no ar-condicionado do aeroporto, Moreira Franco informou que conversará em janeiro com o pessoal do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para buscar uma solução. “É um problemaço", disse o ministro, que conversou com a presidenta Dilma Rousseff sobre o assunto. "Vamos procurar uma solução técnica, procurar o Iphan, em primeiro lugar. Vamos buscar uma empresa especializada para que, tecnicamente, tecnologicamente até, encontre-se uma solução para garantir conforto aqui dentro. Moramos em uma cidade quente, o verão é muito quente. Temos que resolver esse problema.”

Moreira Franco também apontou o tombamento do prédio como uma das dificuldades para solução do problema. “Existem vários obstáculos, e o primeiro deles, que vale por cinco, é uma concepção de preservação que impede a incorporação, na parte interna do prédio, avanços tecnológicos para garantir o conforto das pessoas. Na parte antiga, é proibido colocar o ar-condicionado, e na parte nova, também. No verão, é insuportável.”

Edição: Nádia Franco

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