Da Agência Lusa
Pequim - Dezesseis pessoas, entre as quais dois policiais, morreram no domingo (15) em Xinjiang, Noroeste da China, em confronto violento com as autoridades da região de maioria muçulmana, revelou hoje (16) fonte oficial local.
O incidente ocorreu perto da cidade de Kasghar, quando policiais que tentavam deter suspeitos foram atacados por homens armados com explosivos e facas, segundo um portal de notícias do governo da região autônoma de Xinjiang. Dois policiais morreram, 14 pessoas foram mortas a tiros e dois suspeitos foram detidos.
Foi o segundo incidente violento registrado em Xinjiang em um mês, depois de um assalto a uma esquadra da polícia em Selibuya, em meados de novembro, que deixou 11 mortos.
Xinjiang, vasto território de maioria islâmica, rico em petróleo e em recursos minerais, faz limite com o Afeganistão, Paquistão e três ex-repúblicas muçulmanas da Ásia Central. Os uigures constituem 45% dos cerca de 25 milhões de habitantes de Xinjiang.
No final de outubro, no centro de Pequim, um jipe com matrícula de Xinjiang avançou contra a multidão que se encontrava na Praça Tiananmen e depois explodiu, matando os três passageiros e dois turistas.
A polícia chinesa classificou o incidente como “um ataque terrorista” e atribuiu a sua autoria a “extremistas religiosos”.
Segundo a imprensa oficial chinesa, durante o verão (entre julho e setembro), 139 pessoas foram detidas em Xinjiang por advogarem a Jihad (guerra sagrada) pela internet.
Em junho passado, um outro ataque terrorista atribuído a extremistas religiosos deixou 24 mortos. Foi o mais violento incidente registrado em Xinjiang desde os tumultos do verão de 2009 em Urumqi, a capital da região, onde 197 pessoas morreram.