Polícia Civil desarticula quadrilha que fazia abortos no Rio

13/12/2013 - 17h50

 

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Uma quadrilha formada por médicos, agenciadores e seguranças, que fazia cerca de 50 abortos por semana, foi desarticulada pela Operação Gênesis, da Polícia Civil fluminense. As investigações duraram um ano. Os policiais cumpriram, na noite de ontem (12), seis mandados de prisão e sete de busca e apreensão na capital fluminense e em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.

Entre os suspeitos presos está José Luiz Gonçalves, conhecido como Gonçalves, apontado pela polícia de ser o principal intermediador de abortos do Rio, que trabalha em rede com médicos, captadoras e agenciadoras. Os policiais também foram até a Clínica de Saúde Nossa Senhora das Neves, situada na Rua Marechal Floriano Peixoto, em Neves, São Gonçalo, onde foi preso o médico Guilherme Estrella Aranha.

Segundo o delegado Roberto Gomes, responsável pela operação, o mandado de prisão foi autorizado por um Juiz da 1ª Vara Criminal da Capital. "De acordo com o que apuramos, a quadrilha movimentava em torno de 500 mil ao mês. Nenhum dos presos ofereceu resistência, pois era uma ordem judicial e eles não tinham mais o que fazer”, disse.

“Mas ainda faltam outras pessoas que nós vamos identificar com base nas provas que colhemos com a busca e apreensão e com os depoimentos das pessoas que foram trazidas em razão das investigações", acrescentou.

A polícia também apreendeu equipamento médico utilizado em abortos, como máquina de sucção, maca, instrumentos cirúrgicos, medicamentos, Além de computadores, agendas, radiografias, carimbos, e dinheiro.

A quadrilha cobrava até R$ 8 mil por aborto e fazia o procedimento, também, em mulheres de outros estados como São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Maranhão que eram trazidas para o Rio de Janeiro.

Segundo o delegado, a investigação começou após denúncias que foram confirmadas pela polícia. "No final da investigação, acabamos descobrindo que existia uma rede de pessoas com objetivo comum de praticar o aborto”, disse.

 

Edição: Aécio Amado

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