Em Fórum de Direitos Humanos, Lula diz que Brasil teve avanços

12/12/2013 - 21h43

 

Paulo Victor Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou hoje (12) que muito já foi feito no país, ao participar do Fórum Mundial de Direitos Humanos, que também teve a participação da presidenta Dilma Rousseff.  Lula dispensou o discurso escrito alegando que muitos já haviam destacado as ações de combate à fome no país e não era preciso um "repeteco". Em meio a aplausos e protestos, improvisou a fala, relembrou programas e ações implantadas e defendeu a democracia.

“A gente tem o direito de reivindicar tudo que falta para gente, mas a gente não pode negar os avanços que o Brasil já teve”, disse. “Se tem uma coisa que não me assusta é protesto”, citando situações pessoais em que presenciou a fome, enchentes e falta de água potável.

Em cerca de trinta minutos, o ex-presidente destacou que “somente a democracia permitiu que um metalúrgico chegasse à presidência do Brasil, que um índio chegasse à Presidência da Bolívia e um negro à presidência dos Estados Unidos e que uma ex-guerrilheira chegasse também à presidência do Brasil”.

Lula disse ainda que 56% das terras desapropriadas foram destinadas à reforma agrária. Grupo de manifestantes gritou, no entanto, que o ex-presidente não havia cumprido a promessa da reforma agrária, e chegaram a chamá-lo de traidor.

Juliana Graciolli, advogada que representa indígenas e quilombolas, participou dos protestos. “Ele traiu a causa indígena porque colocou a Dilma, falou que ia demarcar as terras e não demarcou. Então, para nós, ele é traidor”, disse.

Ao encerrar o discurso, Lula pediu o envolvimento dos jovens na política. “A desgraça de quem não gosta de política é ser governado pela política”, declarou, sendo aplaudido pelos presentes.

Edição: Carolina Pimentel

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