Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Servidores federais das instituições vinculadas ao Ministério da Cultura (MinC) no Rio de Janeiro fazem até as 24h de hoje (26) uma paralisação contra a desvalorização do setor no país. Cerca de 50 trabalhadores estão concentrados em frente ao prédio da Fundação Nacional de Artes (Funarte), no centro da capital fluminense, onde exibem faixas com mensagens de protesto e distribuem panfletos com a pauta de reivindicações. Uma nova assembléia foi marcada para o próximo dia 5 para decidir um ato e marcação de greve.
Segundo o presidente da Associação dos Servidores do Instituto Brasileiro de Museus (Asbram), André Angulo, de 4.500 servidores, cerca de 700 paralisaram hoje. Angulo disse que a Biblioteca Nacional, a maior da América Latina, e o Palácio Gustavo Capanema paralisaram totalmente as suas atividades.
Para a servidora da Funarte Paula Nogueira, a cultura no Brasil está abandonada e o governo não faz nada por ela. "Em 2014 teremos a Copa do Mundo, será um momento em que a cultura brasileira estará em evidência. Queremos mostrar para todos que a cultura no Brasil está abandonada, o governo só quer exibir nossa cultura para o mundo, mas não faz nada por ela. O número de servidores que nós temos é envelhecido, na eminência de aposentadoria de 35% desses trabalhadores. Temos também a evasão de concursados, 70% já saíram devido aos baixos salários”, disse.
Ainda segundo Paula , a Biblioteca Nacional não tem ar condicionado o que prejudica visitantes que querem fazer uma pesquisa e compromete a conservação de livros e documentos.
Entre as principais reivindicações dos servidores está o cumprimento de pontos pendentes em acordo firmado com o Ministério da Cultura em 2007, como implementação de retribuição por titulação da gratificação por qualificação e diminuição de níveis para progressão funcional. Além disso, os servidores pedem aumento real de vencimento básico em patamar acima da inflação, realização de concurso público e aumento no quadro funcional das instituições.
Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Cultura não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta matéria. A reportagem também não conseguiu contato com a direção da Fundação Biblioteca Nacional.
Edição: Fábio Massalli
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