Presidente da EBC assume comando de aliança de agências de língua portuguesa

26/11/2013 - 15h35

Carolina Sarres
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os representantes dos países que integram a Aliança das Agências de Notícias de Língua Portuguesa (ALP) elegeram hoje (26) os dirigentes da entidade. O diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Nelson Breve, assumiu a presidência rotativa da aliança. A primeira-vice-presidência ficou com José Mario Correia, da InfoPress, de Cabo Verde; e a segunda-vice-presidência, com Josué Isaías, da Angola Press. A secretaria-geral será ocupada pelo representante da agência portuguesa Lusa, Afonso Camões. Para o Conselho Fiscal foi eleito o representante da STP Press, de São Tomé e Príncipe, Manuel Dênde.

Reunidos desde ontem (25), os representantes das agências decidiram apresentar um projeto para a criação de um portal de notícias comum entre os países lusófonos – que têm o português como idioma. A proposta vai ser apresentada em junho do ano que vem, na cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Díli, no Timor Leste.

A página na internet vai reunir notícias oriundas das agências de notícias públicas dos oito países integrantes da aliança: Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Moçambique; além de Macau, região administrativa da China. O objetivo do portal multinacional de notícias é ampliar o conhecimento mútuo da realidade dos países e disseminar notícias em língua portuguesa.

Na assembleia, também foi definido que os membros da aliança vão elaborar um plano de trabalho para o biênio 2013/2014, um projeto de financiamento e custeio para ser apresentado na cúpula da CPLP e um projeto para captação de recursos. Além disso, a ALP deve desenvolver um modelo para o portal de notícias e viabilizar o intercâmbio de profissionais para a troca de experiências e de conhecimento.

Sobre o financiamento da aliança, cogitou-se a possibilidade de patrocínio de empresas multinacionais, mas não foi descartada a possibilidade de financiamento pelas próprias agências.  "Se não há fundos, temos de cogitar a possibilidade de uma cotização, ainda que assimétrica, para que todos os membros possam, ao menos, participar de todas as reuniões", informou o diretor-presidente da EBC, Nelson Breve.

Ontem, o representante da Lusa, Afonso Camões, disse que o portal de notícias dependerá, em grande parte, do empenho das agências brasileira, a Agência Brasil, da EBC; portuguesa, a Lusa; e de Angola, a Angop.

Além dessas deliberações, a aliança de agências vai reivindicar que o português se torne um dos idiomas oficiais das Nações Unidas (ONU), que são inglês, espanhol, francês, russo, mandarim e árabe. Atualmente, estima-se que mais de 250 milhões de pessoas falem português. Espera-se que, por meio de articulação na CPLP – no caso brasileiro, com o auxílio do Ministério das Relações Exteriores, essa reivindicação ganhe força.

Edição: Denise Griesinger

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