Manifestantes protestam contra alta dos juros em frente ao Banco Central

26/11/2013 - 12h53

Da Agência Brasil

Brasília – Cerca de 500 manifestantes, de acordo com cálculos da Polícia Militar, fizeram hoje (26) um ato público conta a alta dos juros, em frente ao Banco Central (BC). Nesta terça-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) inicia reunião em que definirá a taxa básica de juros, a Selic. A taxa será anunciada amanhã (27).

A expectativa de analistas do mercado financeiro consultados pelo BC é que haverá nova alta da Selic de 0,5 ponto percentual, para 10% ao ano. Na manifestação, organizada por centrais sindicais, os participantes pediram a redução da Selic, a queda de tarifas e de juros bancários e a regulamentação do sistema financeiro por lei.

Em 2013, o Copom elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, em abril, e em 0,5 ponto percentual em maio, julho, agosto e outubro. No próximo ano, a expectativa das instituições financeiras é que a Selic continue a subir. A projeção para o final de 2014 passou de 10,25% para 10,50% ao ano.

A taxa é usada pelo BC como instrumento para influenciar a atividade econômica e, por consequência, a inflação. Quando a inflação está em alta, o Copom eleva a Selic para reduzir a pressão sobre os preços. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação, que é 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Para as centrais sindicais, a taxa de juros elevada só favorece os bancos e outras instituições financeiras que passam a receber mais pelas aplicações em títulos públicos. Além disso, como a Selic serve de referência para as demais taxas, os juros de empréstimos também sobem.
 
Após passar pelo BC, os manifestantes seguiram para o Supremo Tribunal Federal (STF). A ideia é questionar o julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão, considerado por eles como “político”. Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Vagner Freitas, as prisões do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-tesoureiro do PT Delúbio Sores e do deputado José Genoino (PT-SP) foram “injustas”.

Edição: Juliana Andrade

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