Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Uma grande ação de coleta de sangue no centro da capital fluminense celebra o Dia Mundial do Doador, nesta segunda-feira (25). A iniciativa do Instituto Estadual de Hematologia Arthur Siqueira Cavalcanti (Hemorio) ocorre hoje e amanhã (26) no Largo da Carioca, um dos locais mais movimentados da cidade. A campanha objetiva fazer mil coletas de sangue nos dois dias.
A ação também integra a Semana do Doador, que começa hoje e prossegue até sábado (30). Enquanto as pessoas doam sangue para a equipe instalada em um contêiner do Hemorio, cinco grafiteiros desenham painéis relacionados à campanha. Amanhã, o grupo Conexão do Bem, formado por atores e músicos, fará apresentações no local. Durante a Semana do Doador, também vão ocorrer palestras e eventos voltados ao público jovem na sede do Hemorio, na Rua Frei Caneca, 8, no centro do Rio.
A chefe do Serviço de Atendimento ao Doador do Hemorio, a médica hematologista Naura Faria, disse que a média diária de doadores é abaixo do necessário. “Nós temos, de segunda-feira a sexta-feira, uma média de 350 doadores por dia no Hemorio. Nos fins de semana, isso cai para 100 a 200 doadores. A necessidade diária seria de, pelo menos, 500 doadores. Estamos sempre em déficit. E no período de férias, alguns doadores viajam e não doam antes de viajar, então essa necessidade aumenta muito”.
Ainda de acordo com a médica, os doadores femininos representam 35% do total, durante o ano, no Hemorio. No entanto, quando são feitas ações móveis, em que o instituto vai até o doador, a participação das mulheres alcança 50%.
“Durante o ano, nós temos períodos em que a doação cai bastante. Em dezembro, isso é muito mais acentuado e a demanda de sangue aumenta, por causa das viagens e das festas. Esta campanha tem dois objetivos: comemorar o Dia do Doador [celebrado hoje] e também lembrar a população da importância de doar sangue”, concluiu a médica.
A primeira pessoa a chegar ao local para doar sangue foi a aposentada Sônia Regina, de 60 anos. Ela disse que é doadora há mais de 20 anos por causa das pessoas que ajudaram suas irmãs.
“Eu já tive irmãs que precisaram de sangue e, graças a Deus, eu pude contar com muitas ajudas. Minha filha e meu genro são doadores. Hoje, achei que poderia doar medula, mas aqui só estão fazendo de sangue. Vou procurar porque quero doar medula”, explicou a doadora.
Segundo informação do site do Hemorio, a doação de medula óssea é um procedimento feito em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Antes, é preciso se cadastrar como doador voluntário e fazer um exame de histocompatibilidade (HLA) que vai permitir identificar a compatibilidade genética entre doador e receptor. O transplante é considerado a única esperança de cura para muitos portadores de leucemia.
No caso da doação de sangue, o Hemorio esclarece que é necessário estar bem de saúde; ter entre 16 e 68 anos de idade (jovens de 16 e 17 anos podem doar com autorização dos pais ou responsáveis legais); pesar no mínimo 50 quilos; não estar em jejum; e não comer alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.
Ainda segundo o Hemorio, há algumas situações que impedem provisoriamente a doação de sangue, como cirurgias, tatuagens e medicamentos, entre outras. Em 2012, 921 pessoas doaram sangue durante a Semana do Doador, sendo o recorde de coleta de sangue do Hemorio.
Edição: Davi Oliveira
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