PM ocupa comunidade onde policial do Bope foi morto

07/11/2013 - 13h39

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A Polícia Militar (PM) começou hoje (7) o patrulhamento ostensivo no Morro da Covanca, em Jacarepaguá, na zona oeste, para coibir o tráfico de drogas na região. Desde setembro deste ano, traficantes de quadrilhas rivais se enfrentam pelo controle da comunidade. Um policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi morto e dois ficaram feridos durante uma operação no dia 20 de setembro.

A Companhia Destacada da Covanca terá um efetivo de 60 policiais militares que atuarão em toda a comunidade e seu entorno. Os postos da companhia serão inaugurados na próxima semana devido a instalação da rede elétrica e hidráulica que ainda precisa ser feita.

De acordo com o comandante do 18º batalhão da PM, tenente-coronel Washington Tavares, os traficantes circulavam pela mata entre a comunidade do Lins – que conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), na zona norte, e o Morro da Covanca.

“A partir do momento que começou o trânsito da comunidade do Lins para a Covanca, houve um fortalecimento [do tráfico]. Quando a polícia fazia operação na Covanca, eles [traficantes] fugiam para o Lins e vice-versa. Com a implantação da UPP do Lins, cessou o trânsito deles pela mata. Estão restritos na comunidade da Covanca e nas menores [comunidades] da Praça Seca”, disse o comandante.

Segundo Tavares, o policial atuará mais próximo da população e, com isso, as denúncias feitas pelos moradores serão verificadas com mais rapidez e precisão. Ele disse que de acordo com a associação de moradores do Morro da Covanca, cerca de 30 famílias foram expulsas por traficantes da comunidade em 2013.

“Avaliamos a necessidade da população. Ela [a população] reclamava que precisava de uma presença maciça da Polícia Militar e recebemos mais 36 policiais para reforçar o policiamento na comunidade. Esses 36 vão se unir a 24 policiais e trabalharão neste posto. Vinte policiais trabalharão 24 horas e receberão 48 horas de folga. Teremos policiamento 24 horas, sete dias por semana”, concluiu o comandante.

Edição: Marcos Chagas

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