Kerry diz que não há tensão entre Estados Unidos e Arábia Saudita

05/11/2013 - 11h42

Da Agência Brasil*

Brasilia - O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse hoje (5) que não há tensão com a Arábia Saudita em relação aos desdobramentos da crise na região, como a questão da Síria e a recente aproximação entre os Estados Unidos e o Irã. Kerry está em Riad, capital saudita, para encontro com o ministro de Relações Exteriores, Saud Al Faisal, em agenda da viagem de nove dias ao Oriente Médio iniciada no Egito.

Kerry descreveu a relação entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita como estratégica e histórica, que não será afetada por posições táticas em crises transitórias. Segundo ele, os norte-americanos asseguraram aos sauditas que o recente contato entre os Estados Unidos e o Irã tem o objetivo de encontrar uma solução para a questão nuclear iraniana de forma diplomática, sem que haja prejuízo das relações com os aliados regionais.

O secretário de Estado informou que o país quer manter suas alianças com os sauditas por meio da segurança do fluxo de petróleo e da continuação de ações de contraterrorismo no Oriente Médio, de forma a tornar a região uma área desnuclearizada.

Sobre a Conferência Genebra 2, cuja data deverá ser definida hoje, depois de reunião entre representantes das Nações Unidas (ONU), da Liga Árabe e diplomatas dos Estados Unidos e da Rússia, John Kerry defendeu a negociação de uma solução política para a crise síria e a saída do poder do atual presidente do país, Bashar Al Assad.

O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita enfatizou que as relações entre os dois países são baseados em soberania, respeito mútuo e cooperação, e que vêm servindo aos interesses em segurança de ambas as partes.

De acordo com Saud Al Faisal, a recente recusa da Arábia Saudita em ocupar um assento não permanente no Conselho de Segurança da ONU foi o resultado do que considera o fracasso do órgão em lidar com as questões chaves da região - especialmente em relação ao conflito entre Israel e Palestina, à crise na Síria e ao banimento das armas nucleares no Oriente Médio.

Edição: Davi Oliveira

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