Governo acredita que balança comercial fechará o ano com superávit

01/11/2013 - 18h21

Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Apesar do déficit acumulado no ano pela balança comercial, que soma US$ 1,8 bilhão no período de janeiro a outubro, o governo ainda acredita em resultado positivo para 2013. De acordo com o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho, o saldo positivo depende do desempenho do petróleo e a expectativa do governo ainda é recuperação da produção. "Trabalhamos com expectativa de produção ascendente, conforme informado pela própria Petrobras", declarou Godinho, em coletiva de imprensa para comentar os resultados de outubro da balança, que ficou deficitária em US$ 224 milhões após dois meses superavitária.

De acordo com o secretário de Comércio Exterior, o resultado negativo foi causado pela parada de uma refinaria para manutenção em outubro. No primeiro semestre do ano, a parada programada para manutenção de plataformas da Petrobras também impactou a comercialização do combustível e obrigou o Brasil a importar mais. Para 2014, a previsão é normalização do impacto causado pelo petróleo nas contas externas. "Será um ano bem melhor do que 2013. Haverá melhora substancial na conta petróleo", disse Godinho, que destacou ainda o efeito benéfico do dólar em alta sobre a balança comercial, com redução das importações de bens de consumo.

De janeiro a outubro de 2013, a exportação de petróleo e derivados registrou queda de 31,2%, segundo o critério da média diária. Por outro lado, as vendas externas dos demais produtos da pauta brasileira cresceram 2,9% no período. Sem o petróleo, portanto, a balança estaria superavitária. Entre os produtos cujas vendas no mercado exterior se destacaram em 2013 estão automóveis, que registraram crescimento de 46,3% no acumulado do ano ante o mesmo período de 2012. Em volume financeiro, as exportações de carros somaram US$ 4,6 bilhões, batendo o recorde de US$ 4,3 bilhões registrado em 2008. Também bateu recorde no período a comercialização de carne bovina (17,1%), celulose (13,5%) e soja (30%).

Edição: Juliana Andrade

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