Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O chefe do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo, Ricardo Trade, afirmou hoje (23) que ainda não foi notificado oficialmente sobre os questionamentos do Ministério Público Federal (MPF) a respeito de gastos públicos com estruturas temporárias. "Não fomos notificados ainda e não posso falar sobre isso, mas é preciso entender que a Copa do Mundo é realizada nesse formato, e esses compromissos foram assumidos cinco anos atrás", comentou Ricardo Trade.
O Ministério Público entrou com ações na Justiça Federal para que os governos federal, estadual e municipal não gastem verba pública para custear estruturas temporárias e de telecomunicações da Copa do Mundo de 2014. O MPF calcula que a medida economizaria R$ 1,2 bilhão em recursos públicos.
A justificativa é que, por se tratar de evento privado, o governo não pode dispor de dinheiro público para comprar itens temporários que não vão deixar benefícios para a população, como cadeiras, tendas, plataformas e passarelas. Os procuradores avaliam que na Copa das Confederações em julho, foram gastos R$ 229 milhões nessa modalidade de despesa.
O MPF também entende que não é responsabilidade do Poder Público custear despesas com infraestrutura de telecomunicações para a Copa, gastos que devem ser custeados pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) e pelo Comitê Organizador Local.
Edição: Denise Griesinger
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