Óleo contaminou fundo do Lago Paranoá, diz Corpo de Bombeiros

19/10/2013 - 17h59

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Em avaliação feita na manhã de hoje (19), o Corpo de Bombeiros constatou que parte do óleo vazado do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) contaminou o fundo do Lago Paranoá, em uma área próxima à saída do duto pluvial (ponto por onde a substância teve acesso ao lago). Em análises aéreas e da superfície da água não foram encontrados mais pontos de contaminação, informou o chefe de Operação do Comando Unificado, capitão Rodrigo Rasia.

“Na avaliação feita agora pela manhã vimos que parte do óleo que se encontra na superfície desceu, contaminando o fundo. Essa é a nossa principal preocupação no momento. Montamos um plano de ação que vai mapear o local e redimensionar a detenção, pois o óleo pode surgir em novos pontos”, disse o capitão do Corpo de Bombeiros, durante coletiva de imprensa. A retirada do óleo do fundo não é complicada, e será feita pela empresa Suatrans, especializada em atendimentos emergenciais ambientais, informou o capitão.

Para evitar que o óleo se espalhe, há 800 metros de barreiras flutuante e de absorção. Se por um lado a chuva de hoje é considerada positiva para ajudar a dissipar a mancha de óleo e para limpar o duto pluvial, onde há ainda resíduos de óleo, por outro lado, atrapalha as barreiras. De acordo com o capitão, a chuva implica em risco maior de rompimento das barreiras.

Até o momento foram capturados três animais afetados pelo óleo: duas tartarugas e uma ave. “Eles foram encaminhados ao Zoológico. A ave morreu, e as tartarugas estão sob tratamento”, disse a analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Cristiane Oliveira.

Segundo ela, foram encontradas mortas hoje uma tartaruga e outra ave, mas ainda não está confirmado se isso ocorreu em decorrência do óleo. Alguns peixes também forma encontrados mortos, “mas até o momento sem vestígios de óleo”. “A suspeita é que eles tenham sido descartados pelos pescadores”, disse a analista do Ibama. A necropsia dos peixes está sendo feita pela Universidade de Brasília (UnB) e pelo Zoológico.

Edição: Talita Cavalcante