Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O centro da capital fluminense amanheceu hoje (16) com marcas de destruição após confrontos ocorridos depois de uma manifestação de professores das redes municipal e estadual de ensino, que tomou a Avenida Rio Branco na noite de ontem (15). Mesmo protegidas por tapumes, pelo menos cinco agências bancárias foram invadidas e depredadas por manifestantes. Nas proximidades da Câmara Municipal do Rio, era possível ver placas de sinalização e telefones públicos danificados.
Uma viatura da Polícia Militar foi incendiada no bairro da Glória, também na região central da cidade. Um micro-ônibus da PM foi apedrejado na altura da rua Santa Luzia. Ambos foram retirados da pista ainda na madrugada.
A Secretaria de Conservação e Serviços Públicos informou que na região do centro da cidade foi constatada a destruição de três pontos de ônibus e três relógios públicos. Pontos de calçamento de pedras portuguesas também foram danificados ao longo da Avenida Rio Branco e da Rua Evaristo da Veiga.
A Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) disse que por ter removido preventivamente, na tarde de ontem, 60 lixeiras nas imediações da Câmara, que foram recolocadas no início da manhã de hoje. A limpeza das ruas do centro, incluindo a Cinelândia, foi reforçada da meia-noite às 6h.
Ainda na noite de ontem, uma equipe de garis apagou pichações feitas em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O trabalho continua hoje na lateral do prédio.
Muitos cariocas observavam perplexos o cenário de destruição nas ruas do centro. "Infelizmente estamos nos acostumando com isso. Chegamos pra trabalhar e somos obrigados a ver tudo destruído. Não podemos permitir que a cidade seja destruída. Já passou da hora do nosso governo tomar providências", disse o comerciário Luiz Mendes, que trabalha em uma loja de roupas na Rua Senador Dantas.
Para o garçom Wellington Lima, que trabalha num bar ao lado da Câmara Municipal, os confrontos vão continuar enquanto não houver melhorias nos serviços públicos. "Quando o governo resolver fazer as coisas direitinho, tenho certeza que não teremos mais esse quebra-quebra todo. Eu não sou a favor da violência, mas a população está revoltada", disse Lima.
Edição: Denise Griesinger
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