Manifestantes sem-teto consideram positiva reunião com representantes da prefeitura paulistana

24/09/2013 - 21h36

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Representantes das secretarias do Verde, de Habitação e de Subprefeituras se reuniram até o começo da noite de hoje (24) com uma comissão de manifestantes sem-teto que ocuparam na manhã desta terça-feira o prédio da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.

A ocupação do prédio da secretaria foi um protesto contra a reintegração de posse de um terreno no bairro Grajaú, extremo sul da cidade, ocorrida há uma semana. A área, onde estava a ocupação Jardim União, pertence à secretaria.

Sandra de Moura, moradora que foi despejada do Jardim União, disse que ficou satisfeita com o resultado da reunião. Segundo ela, os militantes e a prefeitura chegaram a um acordo e vão buscar uma solução para as cerca de 300 famílias que sofreram a reintegração e para os ocupantes de outras duas áreas, também na zona sul.

Além de buscar soluções habitacionais, os moradores também foram questionar, de acordo com Sandra, “a forma truculenta como fizeram a última reintegração”. Segundo ela, o secretário de Subprefeituras, Chico Macena, se comprometeu em tomar providências para evitar ações violentas em futuras ações.

Em um comunicado, a prefeitura paulistana criticou as ocupações que, segundo a administração municipal, “prejudicam a política habitacional em curso cuja meta é a entrega de 55 mil moradias nos próximos quatro anos, para enfrentar um déficit de 230 mil domicílios. Nos últimos dez anos foram construídas cerca de 30 mil unidades habitacionais”. De acordo com a prefeitura, na região do Grajaú, serão urbanizadas 64 áreas e construídos 13 conjuntos habitacionais.

Em resposta à Agência Brasil, a Secretaria do Verde informou que a área de 1 milhão de metros quadrados será usada para implantação do Parque Ribeirão dos Cocaia. No entanto, a Secretaria de Habitação solicitou a transferência de parte da área, cerca de 119 mil metros quadrados para a construção de 5 mil unidades habitacionais.

 

Edição: Aécio Amado

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