Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Professores das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro fazem na tarde de hoje (22) uma manifestação na orla da zona sul da cidade. Eles iniciaram uma passeata por volta das 12h, em frente à rua onde mora o governador do Rio, Sérgio Cabral, no Leblon, e vão seguir até o bairro vizinho Ipanema.
Os profissionais de educação da rede estadual estão em greve desde o dia 8 de agosto, por reivindicações como aumento salarial de 20% e melhores condições de trabalho. Já os professores da rede municipal, que haviam suspendido a paralisação em 10 de setembro depois de quase um mês parados, decidiram voltar à greve em assembleia na última sexta-feira (20).
Eles decidiram retomar a greve porque ficaram insatisfeitos com o plano de carreiras apresentado pela prefeitura à Câmara Municipal. Segundo a coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) Susana Gutierrez, a passeata é para mostrar a pauta de reivindicações à população carioca.
“O prefeito Eduardo Paes vai à imprensa, a todo instante, dizer que os alunos são prejudicados com a nossa greve. Mas nossos alunos já são prejudicados porque não têm direito a uma educação de qualidade. Nossa ideia é conversar com a população aqui hoje na orla para informar os motivos da nossa greve, que é uma greve não só por melhorias nos nossos salários, mas também melhoria nas condições de trabalho em defesa dos direitos do nossos alunos de uma educação pública de qualidade”, disse a sindicalista.
Em nota divulgada na sexta-feira (20), a prefeitura lamentou o retorno da greve e informou que prejudica os alunos. A prefeitura também informou que "cumpriu todos os acordos estabelecidos em negociação com o Sepe, inclusive tendo encaminhado à Câmara o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações, o maior dos pleitos da categoria".
Em nota também divulgada na sexta-feira (20), a Secretaria Estadual de Educação informou que aceita negociar com os professores se a greve terminar. A Secretaria também considera a greve prejudicial aos alunos e lembra que o Sepe está sendo multado em R$ 300 mil por dia desde 9 de setembro, por descumprimento de decisão judicial que determina o fim da paralisação.
Edição: Fernando Fraga
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