Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional é destaque na abertura do Festival de Cinema de Brasília

18/09/2013 - 0h54

Marcelo Brandão
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Na cerimônia de abertura do 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o destaque foi para a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional e ao violinista austríaco Benjamin Schimid. Ao fim do concerto, o público aplaudiu de pé a apresentação. Cada segundo, porém, foi mais do que merecido, Schimid desfilou um rico repertório de notas, com intimidade invejável, em seu Stradivarius de 313 anos de idade.

As peças tocadas mergulharam o público no clima do cinema, com trilhas sonoras do compositor Erich Wolfgang Korngold, ganhador do Oscar pela trilha sonora de As Aventuras de Robin Hood, de 1938. Em seguida, a equipe responsável pelo documentário Revelando Sebastião Salgado subiu ao palco para a exibição do filme.

O documentário colocou o espectador dentro da casa e da vida de Sebastião Salgado, desde a infância e passando pela carreira do fotógrafo. Risadas e aplausos marcaram a exibição da película. A impressão, ao fim, foi que o festival começou com o pé direito. O Secretário de Cultura do Distrito Federal, Hamilton Pereira, presente no evento, comemorou mais uma edição e a presença de filmes de vários estados na mostra competitiva.

“Vamos receber aqui e exibir filmes do Rio de Janeiro, de Goiás, do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, dentre outros. E o que importa para nós é que o público de Brasília tenha a possibilidade de ver o que o Brasil está produzindo e refletir sobre os grandes e pequenos dramas humanos que a nossa sociedade vive. Refletir sobre eles e fazer pensar, o que deve ser a tarefa do cineasta”, disse.

O coordenador-geral do evento, Sérgio Fidalgo, destacou o variado leque de temas abordados nesta edição. “A expectativa é muito grande para esta edição do festival. A seleção foi muito primorosa, a mostra está excelente, com uma diversidade muito grande de temas. Os filmes são bastante personalistas, filmes que as pessoas vão amar ou odiar, não tem meio-termo”, destacou.

O roteirista e dramaturgo Maurício Witzak ressaltou a importância do festival para o desenvolvimento do cinema brasiliense. “Acho que o principal é quando as coisas evoluem para que o cinema feito aqui em Brasília aconteça. E acho que está acontecendo e, a cada ano que passa, está melhorando”. Para a cineasta Mariana Viegas, o festival é responsável direto pela evolução do cinema na capital federal. “A produção local tem melhorado bastante e o festival é um dos maiores motivadores para isso”, disse.

O 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro vai até o dia 24 de setembro. Nesta quarta-feira (18), a partir das 19h, começa a mostra competitiva. A programação completa do festival pode ser obtida em seu site oficial (http://www.festbrasilia.com.br/programacao).

 

Edição: Aécio Amado

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