UGT e Proteste fazem ato em São Paulo contra má qualidade da telefonia e internet

11/09/2013 - 17h57

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) fizeram hoje (11) um ato em frente ao prédio da superintendência da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), na capital paulista, para protestar contra a má qualidade dos serviços de internet e de telefonia fixa e móvel prestados pelas operadoras. Depois da manifestação, o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da UGT, Ricardo Patah, e a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dulci, entregaram documento com reivindicações à Anatel.

Segundo Patah, a parceria da UGT com a Proteste pretende fazer com que a Anatel cumpra seu papel e fiscalize os serviços prestados pelas empresas. “As agências reguladoras em geral não estão cumprindo seu papel institucional com transparência e compromissos traduzidos em ações”, disse o dirigente. Patah se mostrou indignado com a má qualidade e o preço elevado dos serviços de telefonia. “Na Europa e nos Estados Unidos, são vendidos cartões com os quais se liga para outro país para se falar por duas horas, a preço baixo e ótima qualidade. Aqui, para ligar de bairro para bairro é uma dificuldade e caro”.

Maria Inês ressaltou que o documento destaca os problemas que os consumidores vêm enfrentando com a telefonia móvel e fixa, e destaca a má qualidade dos serviços. “O setor da telefonia é o mais reclamado pelos consumidores no Brasil todo, então esse documento contém uma síntese desse cenário histórico. São problemas recorrentes para os quais não se tem solução, apesar das inúmeras intervenções feitas em 15 anos pela Proteste”.

Segundo ela, entre os itens a serem revisados pela Anatel estão a falta de competitividade do setor, a má qualidade do serviço de internet 3G e o fato de o Marco Regulatório da Internet estar parado há um ano no Congresso. “A Proteste viajou 5 mil quilômetros e percebeu que o consumidor paga e não tem o serviço. Mesmo assim, a agência já autorizou o 4G”.

A expectativa da UGT e da Proteste, com a entrega das reivindicações, é a de que a Anatel estabeleça uma agenda de trabalho com base nas propostas. Maria Inês explicou que as duas entidades esperarão 15 dias por uma resposta da Anatel e, depois disso, retomarão as manifestações. O superintendente da Anatel em São Paulo, Everaldo Gomes Ferreira, recebeu o documento e garantiu que levará as reivindicações para os superiores.

Edição: Davi Oliveira

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