Leandra Felipe *
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Bogotá - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a acusar hoje (9) a oposição do país de manter uma estratégia para “desestabilizar e levar o país a um colapso total”. Ele disse que o plano do qual suspeita, tem apoio dos Estados Unidos.
Segundo Maduro, o plano inclui atentados a instalações petroleiras e elétricas e também ações para intensificar o desabastecimento de produtos de consumo, como leite, carne e papel higiênico. De acordo com ele, o plano levaria o país a um colapso em outubro. Maduro culpou a oposição do país pela escassez de produtos e disse que está “chamando os empresários” que suspeita de participarem do processo de desabastecimento para conversar.
“Nas eleições presidenciais de abril [os opositores] fizeram uma guerra brutal contra a economia e mantiveram a estratégia. Agora dão ordens a algumas cadeias de distribuição, baixando o nível de abastecimento para que cheguemos a outubro e novembro em uma situação de calamidade”, disse. O país terá eleições municipais em dezembro.
Maduro exemplificou o suposto plano referindo-se às provas apresentadas pelo ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez, sobre uma explosão ocorrida em agosto de 2012 na Refinaria de Amuay. Segundo o ministro, as investigações provaram que o acidente foi provocado intencionalmente. Na época, o presidente Hugo Chávez estava em campanha presidencial para as eleições de outubro de 2012. A explosão deixou 47 mortos e mais de 130 feridos.
Na semana passada o país enfrentou um apagão que atingiu pelo menos 12 estados e mais de 60% do território venezuelano. Maduro também disse que o incidente foi provocado por seus adversários políticos. O governo decretou estado de emergência no setor elétrico do país em agosto.
A oposição liderada pelo governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, nega as acusações e devolve com críticas ao governo, dizendo que os problemas do país são resultado de uma “má administração dos recursos públicos e de incompetência”.
*Com informações da Multiestatal Telesur e Prensa Latina (Agência Pública de Notícias de Cuba)
Edição: Fábio Massalli
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