Leandra Felipe
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Bogotá - O vice-presidente colombiano, Angelino Garzón, disse hoje (9) que o governo do país espera iniciar nos próximos dias, as negociações para pôr fim ao conflito armado com o Exército da Libertação Nacional (ELN).
Durante a entrega de um Prêmio Nacional de Defesa de Direitos Humanos em Bogotá, Garzón explicou que o governo tomou a decisão de começar o processo de paz com o ELN, mas em um lugar diferente de Havana, Cuba, onde as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo negociam o fim do conflito há quase um ano. “Não se pode misturar peras com maçãs”, disse, reforçando que o propósito será “buscar a paz para a Colômbia”.
Há duas semanas, após a libertação do canadense Jernoc Wobert, refém do ELN por 221 dias, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou que estava “pronto para negociar a paz com o ELN”. A libertação de reféns era uma condição do para que uma negociação pudesse ser iniciada.
Ao liberar o refém, o ELN enviou um comunicado indicando ter a “intenção de começar um processo de paz”, a exemplo do que o ocorre entre a governo e as Farc.
Na ocasião, o presidente Santos disse que o governo estava pronto para começar um processo de paz com o ELN, a segunda maior e mais antiga guerrilha em atividade da Colômbia. Segundo números do governo, a guerrilha tem cerca de 1.500 guerrilheiros, mas alguns estudos apontam que possam existir mais de 3 mil combatentes ligados ao ELN.
A imprensa da Colômbia especula sobre possíveis lugares para que o processo se desenvolva. Fala-se na possibilidade de que o Uruguai possa ser anfitrião nas negociações, uma vez que o presidente uruguaio, José Mujica, tem expressado seu desejo de colaborar com a paz no país. No entanto, o governo colombiano não confirma a informação e não anunciou o provável local da negociação.
Edição: Fábio Massalli
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