Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff se reuniu hoje (5), antes da abertura da 8ª Cúpula do G20 (que engloba as 20 maiores economias mundiais), com os líderes do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul), em São Petersburgo (Rússia). Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informou que os líderes demonstraram “preocupação” com o ritmo “lento da recuperação” da economia mundial.
“Os líderes registraram a continuidade do ritmo lento da recuperação, da alta taxa de desemprego em alguns países e da persistência de desafios e vulnerabilidades na economia global, em particular nas economias avançadas. Acreditam que as principais economias, inclusive as do G20, poderiam fazer mais para impulsionar a demanda global e a confiança do mercado”, diz o texto.
A 8ª Cúpula do G20 ocorre hoje e amanhã (6) tendo como foco o crescimento econômico e medidas para estímulo de emprego e renda. Na reunião, o Brics indicou preocupação com políticas monetárias denominadas “não convencionais” adotadas por economias desenvolvidas que prejudicam os emergentes.
“[Os líderes] enfatizaram que a eventual normalização dessas políticas monetárias precisa ser calibrada de modo efetivo e cuidadoso e claramente comunicada”, diz a nota. No texto, o Brics também lamenta a demora na execução da reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), aprovada em 2009, e que ainda não foi colocada em prática.
“Os líderes do Brics também manifestaram sua preocupação com a estagnação do processo de reforma do Fundo Monetário Internacional. Recordaram a necessidade urgente de implementar a Reforma de Quotas e Governança de 2010 do FMI, assim como de concluir a próxima revisão geral das quotas até janeiro de 2014, conforme acordado na Cúpula do G20 em Seul [Coreia do Sul] a fim de assegurar a credibilidade, a legitimidade e a eficácia do fundo”, diz o texto.
Em relação ao Banco Brics, os líderes do bloco disseram que houve avanços nas negociações relativas à estrutura de capital, composição, participação acionária e governança. O banco contará com capital inicial, mantido por todos os países do Brics, no valor de US$ 50 bilhões.
Edição: Valéria Aguiar
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