Prefeitura de Duque de Caxias estende prazo de aluguel social para famílias que perderam casas em temporal

29/08/2013 - 22h43

Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, vai estender o pagamento de aluguel social a 205 famílias que perderam as casas no temporal do início do ano em Xerém. Os moradores foram cadastrados pela Defesa Civil do município e passaram a receber R$ 500 para o aluguel.

Como era em caráter emergencial, o pagamento, com dinheiro encaminhado ao município pelo governo federal, seria feito apenas durante seis meses. Agora, segundo o prefeito Alexandre Cardoso, a prefeitura fez um acordo com o governo do estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, para receber os recursos que serão repassados às famílias.

Por causa da troca, os moradores terão que passar por um recadastramento na Defesa Civil do município, marcado para o próximo domingo (1º), na sede da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, no centro de Duque de Caxias. O pagamento que era feito em agências do Banco do Brasil passará a ocorrer em agências da Caixa Econômica Federal.

O primeiro benefício dessa etapa estará disponível na nova conta a partir do dia 28 de setembro. O prefeito admitiu que alguns moradores, que receberam o último benefício em julho, poderão atrasar o compromisso com o inquilino no pagamento do aluguel, mas acrescentou que não foi possível antecipar a liberação dos recursos. "Os alugueis sociais terminaram em julho e agosto. Agora, não tem jeito, as pessoas vão receber em setembro e vão pagar um mês atrasado. O próprio inquilino pode entender isso. Não tem como. Tinha gente que ia terminar de receber o aluguel social agora em agosto e não tinha como antecipar [a mudança]. Tinha que esperar para começar a pagar todos a partir de setembro", explicou.

Alexandre Cardoso disse que essas famílias preferiram receber o aluguel social no lugar de casas que estão sendo construídas pela prefeitura em condomínios fora de Xerém, mas mudarem de ideia poderão ter uma residência. "Muitos não querem sair de Xerém porque tem raízes lá. Famílias ou por questão religiosa. Se elas quiserem casas a partir de novembro, todas terão casas a partir de novembro", declarou.

Quanto às casas que foram condenadas pela Defesa Civil, após o temporal, Alexandre Cardoso explicou que todas foram demolidas e que a prefeitura continuará proibindo a construção em áreas de risco. "O problema é que tem pessoas que querem construir na beira dos rios e é decisão minha não permitir. Tem gente que quer morar ali. Não vou permitir construir em beira de rio", garantiu.

 

Edição: Aécio Amado

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. É necessário apenas dar crédito à Agência Brasil