No Rio, Inca utiliza boneca para mostrar problemas causados pelo fumo

29/08/2013 - 12h23

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Para marcar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado hoje (29), o Instituto Nacional do Câncer (Inca) promove ações de conscientização sobre os malefícios do fumo em diversos pontos do estado. A iniciativa tem como objetivo mobilizar o público para os problemas sociais, econômicos e ambientais causados pelo tabagismo.

No Terminal Rodoviário Américo Fontenelle, no centro da cidade, por onde quase 1 milhão de pessoas passam diariamente, o Inca está expondo uma boneca, em cima de uma mesa, para mostrar os problemas que o fumo pode causar. A boneca tem o corpo transparente e mostra o impacto do cigarro no organismo. Além disso, materiais informativos são expostos e voluntários da campanha tiram dúvidas a respeito do tabagismo.

O pneumologista Ricardo Meirelles, porta-voz da campanha, disse que a iniciativa trata, prioritariamente, das dúvidas referentes ao narguilé. “É uma campanha voltada para a questão do narguilé, que faz mal a saúde. O fumante acaba consumindo, mesmo que em menor quantidade, a nicotina, que abre as portas para o cigarro”.

A enfermeira Charlene Braga, de 26 anos, disse que passou pela rodoviária e a boneca chamou a sua atenção. “Ao longo das décadas sempre foi dito nas propagandas que fumar era muito bom, era prazeroso, dava status, era associado ao esporte. Hoje em dia, com essas novas legislações, você acaba mudando o social, introduzindo o legal, que é você fazer uma lei que proíba essa propaganda, e tem reflexos no cultural. Eu não fumo, mas passei e vi a boneca e vim saber o que era”.

Além do Terminal Américo Fontenelle, a ação do Inca na capital fluminense ocorre até o final da tarde no Terminal Menezes Côrtes, também no centro, e no Parque de Madureira, na zona norte. Na Baixada Fluminense, a ação ocorre nos terminais rodoviários de Nova Iguaçu e Nilópolis.

Pesquisa divulgada em 2012, pelo Ministério da Saúde, aponta que 12% da população brasileira fumam regularmente e 10% são fumantes passivos. Os números representam uma queda de 20% de pessoas que fumam entre 2006 e 2012.

Edição: Marcos Chagas

Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir a matéria é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil