Prefeitura do Rio e professores tentam acordo para o fim da greve

23/08/2013 - 23h26

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Quinze dias após o início da greve da categoria, onze integrantes da diretoria do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) conseguiram hoje (23) ser recebidos em audiência pelo prefeito Eduardo Paes e pela secretária municipal de Educação, Cláudia Costin. Na reunião, que ocorreu na sede administrativa da prefeitura, na Cidade Nova, no centro do Rio, também estavam o secretário da Casa Civil, Pedro Paulo Teixeira, e o vice-prefeito Adilson Pires.

Mais cedo, em frente ao local, a continuidade da greve foi definida em assembleia da categoria. Impaciente com a demora da reunião, que durou aproximadamente três horas, os professores decidiram sair em passeata da Avenida Presidente Vargas até a Cinelândia.

Na reunião com o prefeito, foi aprovada uma ata, que começará a valer na segunda-feira (26), caso a categoria, em assembleia na manhã do mesmo dia, aceite os termos propostos. O acordo estabelece como premissa a redução do tempo de aprovação da proposta de 90 para 30 dias pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro do Plano Unificado de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores da rede municipal de ensino. Também propõe a valorização dos profissionais por tempo de serviço e por formação, assim como um aumento de 8% no piso salarial de todos os setores da categoria dos profissionais de educação.

Para a coordenadora do Sepe, Gesa Linhares, o mais importante na reunião foi o prefeito reconhecer a greve como legítima. “O Eduardo Paes reconheceu que o movimento é legítimo e que a audiência só foi possível devido a grande adesão à greve”, explica.

O secretário da Casa Civil, Pedro Paulo Teixeira, avaliou de forma positiva o diálogo com a categoria. “A categoria colocava a importância de um reajuste real de 19% e a prefeitura reafirmava a impossibilidade de dar isso, porque entendia que a melhor proposta era um plano de cargos e salários, que levava em consideração pontos como diferencial de formação, tempo de serviço, percentual de aumento mais significativo para cada progressão na carreira dos profissionais de educação”.

A prefeitura do Rio condicionou o acordo firmado entre as partes ao fim da greve, decisão que ocorrerá na assembleia da categoria na segunda-feira. “O que nós condicionamos é que o acordo só será validado se terminar a greve, e de imediato o Sepe, antecipou a sua assembleia, que estava marcada para quarta-feira (28), para segunda-feira. Há o compromisso claro da diretoria do sindicato de encaminhar a situação para o fim da greve, na medida em que houve avanços claros na negociação”, disse Pedro Paulo Teixeira.

Além de abonar todas as faltas dos professores durante a greve durante, a prefeitura devolverá o dinheiro descontado nos últimos 15 dias. A Secretaria Municipal de Educação deve ainda definir um cronograma para a reposição de aulas perdidas durante a paralisação.

 

Edição: Aécio Amado

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