Empresários japoneses têm interesse em participar de concessões de portos e ferrovias

21/08/2013 - 17h44

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Grandes empresários japoneses estão interessados em concorrer às concessões de logística, principalmente nas áreas de portos e ferrovias, que o governo deve lançar nos próximos anos. O interesse foi discutido hoje (21) entre a presidenta Dilma Rousseff e empresários japoneses e brasileiros durante a reunião do Grupo de Notáveis do Comitê de Cooperação Japão-Brasil.

O diretor-presidente da Vale, Murilo Ferreira, que integra o comitê, disse que os japoneses avaliam os gargalos logísticos do Brasil como oportunidades de investimentos no setor. “A proporção do PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro que é dedicado à logística em relação ao Japão é grande, o que significa um problema, mas também uma oportunidade para os japoneses participarem nesse processo das ferrovias e portos”, avaliou.

Segundo o líder do grupo de notáveis e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Mariani Bittencourt, a experiência japonesa na implantação de ferrovias poderá ser usada na expansão da rede no Brasil.

“Os representantes japoneses deram a conhecer que eles têm desejo de participar no desenvolvimento da nova rede de transportes. Eles citaram a experiência japonesa em termos de desenvolvimento de redes ferroviárias, como no caso da Rússia, em que o Japão está desenvolvendo um novo sistema de rede. E a presidenta estimulou os empresários japoneses a virem e aplicar os mesmos princípios, a mesma competência que está utilizando na Rússia e na Índia aqui no Brasil, casado com o melhoramento dos portos”, disse.

Brasileiros e japoneses também discutiram oportunidades de investimentos na exploração de óleo e gás, inclusive no Campo de Libra, e na formação de profissionais, por meio do Programa Ciência sem Fronteiras. O Campo de Libra, na camada pré-sal, a 160 quilômetros do litoral do Rio de Janeiro, foi descoberto pela Petrobras em 2006 e tem produção estimada entre 8 e 12 bilhões de barris de petróleo.

 

Edição: Aécio Amado

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