Comissão Nacional da Verdade e Comissão Camponesa da Verdade debatem violações no campo

19/08/2013 - 12h49

Da Agência Brasil

Brasília – Quatorze especialistas de 17 universidades brasileiras se reúnem até amanhã (20) em Brasília (DF) para trocar informações sobre a repressão militar contra camponeses. O encontro acontece no Centro de Treinamentos da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), no Núcleo Bandeirante, em Brasília.

Integrantes da rede de pesquisadores e pesquisadoras da Comissão Camponesa da Verdade (CCV), os acadêmicos vão aproveitar a presença de membros do grupo de trabalho Camponeses e Indígenas, da Comissão Nacional da Verdade (CNV), para discutir a repercussão de casos emblemáticos de repressão entre os anos 1946 e 1988. Além disso, também vão aprofundar o debate sobre graves violações de direitos humanos no campo.

Nesta manhã, a coordenadora do grupo de trabalho Camponeses e Indígenas, a psicanalista Maria Rita Kehl, apresenta um relatório parcial sobre o caso dos integrantes da Liga Camponesa de Sapé, Pedro Fazendeiro e Nego Fuba. À tarde o coordenador do Projeto Memória e Verdade da Secretaria de Direitos Humanos, Gilney Viana, vai apresentar relatório sobre vários casos de violações no campo.

Às 18h30, representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), da Marcha das Margaridas e da Comissão Camponesa da Verdade promovem um ato em memória aos 30 anos do assassinato da líder camponesa Margarida Maria Alves – primeira sindicalista brasileira a lutar pelos direitos trabalhistas no estado da Paraíba, durante o período da ditadura militar. O evento será no Centro de Estudos Sindical Rural (Cesir).

Amanhã (20), os participantes devem discutir o documento final a ser apresentado pela CCV, o andamento das pesquisas e a sugestão de outros casos para que a CNV avalie.

Edição: Denise Griesinger
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