Mantega diz que pessimismo de analistas sobre economia é infundado

16/08/2013 - 15h11

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (16), após participar de encontro com líderes empresariais na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na capital paulista, que a economia brasileira está razoavelmente bem e que o pessimismo de alguns analistas não tem fundamento, pois diversos setores estão em rota de crescimento.

“O primeiro semestre cresceu razoavelmente bem e o segundo poderá continuar na mesma trajetória. Cada setor tem seus problemas, a crise econômica internacional não foi completamente superada, mas há perspectivas de melhora para a economia internacional”, disse.

Mantega destacou que a inflação diminuiu o poder aquisitivo de parte da população no primeiro semestre, mas que já começa a apresentar sinais de queda. “O aumento do crédito deverá estimular a volta do consumo varejista, que não foi tão bem no primeiro semestre”.

O ministro falou ainda que o câmbio elevado é um problema para alguns setores da indústria, enquanto outros não sentem os malefícios. Mantega reforçou que a taxa de câmbio atual (na média de R$ 2,30) passa por um momento de volatilidade e que o governo brasileiro aguarda as ações do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, para decidir que medidas tomará para conter a valorização da moeda.

“Não sei se a taxa de câmbio vai permanecer assim. Acredito que quando o Fed começar a reduzir os juros, o mercado se acalma. Mas tenho certeza de que a taxa vai cair. Nós [governo] agimos para evitar essa excessiva volatilidade. Eu espero que o Fed deixe claro o que vai fazer, porque a volatilidade não é boa para os negócios, nem positiva para a economia”, ressaltou Mantega.

Sobre um possível aumento no preço dos combustíveis, Mantega não quis se aprofundar, mas lembrou que a Petrobras tem um sistema de ajuste de preços e de convergência para valores internacionais. “Periodicamente existem reajustes, que não são anunciados e que só temos conhecimento depois de acontecerem. O que posso dizer é que nos últimos meses houve uma convergência em função dos reajustes que foram feitos à gasolina e ao diesel. Houve uma diminuição da diferença de preço nacional e internacional”.

Edição: Denise Griesinger
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