Renan diz que buscará com Dilma solução para aposentados do Aerus

07/08/2013 - 16h03

Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
 

 

Brasília – Os 25 aposentados e pensionistas do Instituto Aerus, que estão desde ontem (7) acampados no Congresso Nacional, conseguiram hoje (7) o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O senador tentará marcar uma reunião com a presidenta Dilma Rousseff em busca de solução para o caso de quase 20 mil aposentados das extintas empresas aéreas Varig e Transbrasil.

“Vamos conversar com [a presidenta] Dilma [Rousseff] para que tenhamos a solução para essas pessoas. O ideal é uma saída que reparasse as contribuições que eles fizeram ao longo dos anos [ao Aerus]”, disse Renan.

Criado em 1982 pela Varig, Cruzeiro e Transbrasil, o fundo de pensão está sob intervenção do governo há sete anos. Aposentados que contribuíram para o fundo ficaram sem receber os benefícios que contrataram.

Até 2007, os aposentados recebiam 100% dos benefícios, mas, há três anos, o valor pago a eos ex-funcionários é equivalente a 8% da parcela contratada, disse a líder do movimento dos aposentados do Aerus, Graziella Baggio, ex-dirigente do Sindicato Nacional dos Aeronautas. “E esse valor será pago só até o mês que vem, porque o dinheiro do fundo acabou. Os funcionários foram enganados”, afirmou Graziella.

Ela ressaltou que, até hoje, muitos funcionários da extinta Transbrasil sequer receberam a rescisão contratual, 11 anos depois de  encerradas as operações da empresa. “O governo não cumpriu até hoje as decisões da Justiça, que mandou pagar a essas pessoas”, completou.

De acordo com integrantes do grupo acampado no Congreso, alguns aposentados estão recebendo uma parcela de R$ 19 por mês. Graziella explicou que, no período em que as empresas estavam operando, os funcionários foram obrigados a contribuir com parcelas de até 10% dos salários para a aposentadoria complementar que seria paga pelo fundo.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que apresentou um projeto tentando uma solução para o impasse, disse que o Planalto representa a única alternativa agora para essas pessoas. “Já são sete anos e várias alternativas tentadas sem sucesso. Só resta a Presidência da República. É essencial que a presidenta receba esses líderes”, disse Dias, que prometeu acompanhar a evolução do debate.

Edição: Nádia Franco

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