Gilberto Costa
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Lisboa – A elevação da temperatura e a diminuição da chuva aumentam o risco de incêndio em Portugal. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, três de cada quatro municípios (área continental) apresentam pelo menos grau elevado de risco de incêndio.
No último fim de semana, 17 municípios chegaram a ter risco máximo de incêndio. A Autoridade Nacional de Proteção Civil registrou nesse domingo (4) 152 ocorrências de incêndio florestal.
Segundo média histórica da entidade, o mês de agosto é a época de maior ocorrência de incêndios florestais e apenas 1% tem causa natural. Os principais motivos estão relacionados a negligência e acidentes após queimadas irregulares e outras práticas proibidas nesta época do ano.
Conforme relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, de janeiro a julho deste ano 980 incêndios foram registrados em Portugal (em área de cerca de 180 quilômetros quadrados), especialmente ao Norte do país, como nos distritos do Porto, de Braga e Vila Real. Quatro de cada dez desses incêndios ocorreram em julho, após a chegada do verão no Hemisfério Norte.
Ontem, um bombeiro de 45 anos morreu depois de ficar internado por quatro dias com 90% do corpo queimado em um incêndio no distrito de Miranda do Douro, também ao Norte de Portugal e próximo à fronteira com a Espanha.
Não há previsão de chuvas para esta segunda-feira (5) no país e a umidade em algumas regiões do interior pode chegar a 42%. A temperatura mais elevada deverá ser registrada no Sul, no Algarve. Em Faro, a maior cidade da região, a temperatura deve chegar a 31 graus Celsius.
Edição: Graça Adjuto