Transferência de eventos de Guaratiba para Copacabana pega peregrinos de surpresa e divide opiniões

25/07/2013 - 18h28

Vinicius Lisboa e Flávia Villela
Repórteres da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A mudança dos eventos religiosos que ocorreriam, no sábado (27) e no domingo (28), no Campus Fidei (Campo da Fé) em Guaratiba, na zona oeste da cidade, dividiu opiniões de peregrinos ouvidos pela Agência Brasil. A transferência da vigília e da Missa de Envio da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para Copacabana foi anunciada pelo prefeito Eduardo Paes, após a constatação de que o local ficou prejudicado, como muita lama, devido às chuvas dos últimos dias na cidade.

"Se esta é a vontade de Deus, fico feliz, mas tenho a certeza de que o sol vai abrir e que o fim de semana será bonito”, disse Wagna Souza, de 18 anos, moradora da comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, na zona oeste. Para a venezuelana Aurora Pachano, de 28 anos, a decisão foi correta. “Estava muito preocupada com o barro e também sem saber como chegar em Guaratiba”, declarou Aurora, que juntamente com a amiga colombiana Keili Mantillas, também de 28 anos, está alojada no Sambódromo, no centro do Rio.

Quem não gostou da transferência foi Leonardo Ambrósio, de 23 anos, mineiro da cidade de Aimorés. Pensando em ficar próximo do Campo da Fé, ele e um grupo de peregrinos se alojaram na casa de amigos em Sepetiba, bairro da zona oeste vizinho de Guaratiba. Para chegar aos eventos em Copacabana, eles estão gastando, em média, duas horas e meia de viagem. No entanto, apesar do desconforto da locomoção, Leonardo reconheceu a necessidade da mudança. “Se realmente tem muita lama em Guaratiba, é melhor mesmo vir para cá”, admitiu.

A paraguaia Sofía Laço, de 15 anos, que veio participar da JMJ acompanhada de várias amigas, também não gostou da mudança. “Lá seria mais amplo, e seria uma experiência nova. Além disso, queríamos caminhar pelo papa”. Já Maria Lindalva Souza, moradora do Leme, gostou da alteração, pois o prédio onde reside fica perto do altar montado em Copacabana. “Se fosse em Guaratiba não dava para eu ir, agora vai dar”, disse.

O venezuelano Eduardo Mayor foi informado pela Agência Brasil sobre a mudança dos eventos em Guaratiba para Copacabana e aprovou a mudança. “Chevere [legal]. Imagino que pela chuva esteja tudo cheio de barro. Aqui é melhor, pois há mais acesso também, e não precisaremos caminhar todos os 13 quilômetros ”, declarou. Ele está hospedado com um grupo de sete venezuelanos em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

A cearence, Erivandra Marques, também não sabia da mudança, e gostou de não ter que ir a Guaratiba para a vigília. “Aqui, em Copacabana, já conhecemos os caminhos, já sabemos quanto tempo precisamos para chegar. Então fica melhor para organizar o grupo. E ainda vamos economizar uma porção de tênis”, brincou.

 

Edição: Aécio Amado

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