Da Agência Brasil
Brasília – Pelo menos duas pessoas morreram, no Rio Grande do Sul, em consequência do frio intenso que atinge a região, desde o começo da semana. Uma terceira morte ainda está sendo avaliada por especialistas, mas há suspeitas que também tenha sido causada por hipotermia (quando há redução drástica da temperatura corporal). Na tentativa de evitar mais vítimas, o governo do estado quer ampliar as vagas em abrigos comunitários destinados às pessoas carentes.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que as temperaturas mais baixas do ano foram registradas na madrugada e manhã de hoje (25). A temperatura ficou em torno de 1,4 grau Celsius (°C) e com previsão de geadas em quase todas as cidades gaúchas.
As mortes ocorreram nos últimos quatro dias. Um homem, de 53 anos, morreu há dois dias, no município de Sinibu, e uma pessoa cuja identidade não foi divulgada morreu, no município de Panambi, no último domingo (21), ambos por hipotermia.
O major Ben Hur Pereira da Silva, da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, disse à Agência Brasil que há uma preocupação das autoridades com a situação das populações carentes. Segundo ele, a ideia é ampliar o número de vagas nos abrigos e albergues da prefeitura no esforço de impedir que as pessoas passem frio e sofram em decorrência das baixas temperaturas.
No entanto, o militar ressaltou que há dificuldades em convencer as pessoas, que vivem em lugares inadequados ou nas ruas, de irem para os abrigos e albergues. “No abrigo ou albergue, há um regulamento que tem de ser respeitado. Nem todos se adaptam às normas. Há um horário para comer, para tomar banho e não pode mais sair a partir de determinado momento”, ressaltou Ben Hur.
O militar alertou ainda sobre os problemas causados, na agricultura, pois a formação de geada pode afetar as plantações e também os rebanhos. Por enquanto, o estado é apenas de atenção e, não de alerta.
Os centros de operação da Defesa Civil estão monitorando os gráficos de condições de tempo recebidos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), e mantêm informadas as 11 regionais nas principais cidades do estado. As prefeituras e coordenadorias municipais também estão sendo atualizadas das informações.
Edição: Carolina Pimentel
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