Conferência avalia o Suas e propõe diretrizes para a política de assistência social

08/07/2013 - 20h33

Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A consolidação do Sistema Único de Assistência Social (Suas), implantado há oito anos, é o tema principal da 9ª Conferência Municipal de Assistência Social, que começou hoje (8) no Rio de Janeiro. Até quarta-feira (10), os participantes debaterão o cofinanciamento obrigatório, a regionalização da assistência social e a gestão do Suas, do trabalho, dos benefícios e dos serviços e programas.

Na mesa de abertura do evento, o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Zaqueu Teixeira, destacou que a rede avançou muito nos últimos anos, mas ainda há muito o que fazer. Ele destacou a importância de ter uma assistência social estruturada. “Nós hoje temos uma assistência social estruturada dentro do Pacto Federativo, em que a União cumpre o seu papel, o estado também e o município faz a sua execução final”.

O vice-prefeito do Rio, Adilson Nogueira Pires, que também ocupa o cargo de secretário municipal de Desenvolvimento Social, ao participar da mesa, informou que a prefeitura carioca está trabalhando nos últimos detalhes de um projeto de lei para instituir a carga de 30 horas de trabalho semanal para as assistentes sociais do município. O projeto deve ser enviado à Câmara de Vereadores logo após o recesso de julho.

Integrante do Conselho Nacional de Assistência Social, Margareth Alves Dallaruvera destacou as mudanças pelas quais o Suas passou nos últimos oito anos. “Nós avançamos muito nesses oito anos de construção do Suas. Nós rompemos paradigmas saindo do paternalismo, do assistencialismo e conseguimos chegar em um patamar de uma política de Estado”, disse.

Representante dos usuários da rede Suas, o líder comunitário Levi Gonçalves declarou que a conferência é uma oportunidade que a sociedade tem para entender melhor como funciona a rede e também sugerir mudanças. “A nossa intenção é conhecer melhor como funciona o serviço, como está sendo financiado e ter mais voz ativa em relação aos recursos, porque às vezes a gente percebe que existem recursos, mas a gente não tem ideia de como pode ser usado. Eu acho que é o momento nosso, da população em geral participar, informar o que está querendo, não é simplesmente a coisa vir para a agente montada, nós temos o direito de falar 'nós queremos desse jeito'”.

As propostas da 9ª Conferência Municipal de Assistência Social serão levadas para a conferência estadual, prevista para outubro, e, em seguida, para a Conferência Nacional, que ocorre em dezembro, em Brasília.

 

Edição: Aécio Amado

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