Aposentados de companhias aéreas extintas protestam no centro do Rio

08/07/2013 - 20h19

Da Agência Brasil

 

Rio de Janeiro – Aposentados que contribuíram para o fundo de pensão do Instituto Aerus, das extintas companhias de aviação Varig, Transbrasil e Cruzeiro, fizeram hoje (8) um protesto no centro do Rio, partindo da sede do instituto e percorrendo a Avenida Rio Branco em direção ao Aeroporto Santos Dumont, onde o ato foi encerrado. Cerca de 100 pessoas participaram da manifestação, que chegou a interditar duas faixas da Rio Branco.

Desde o dia 28 de junho, 13 ex-funcionários das companhias extintas estão acampados em uma das salas da sede do Aerus, na esperança de que um representante do governo federal os procure para solucionar o problema do pagamento da complementação de suas aposentadorias.

O aposentado Edísio Mesque, que faz parte desse grupo, disse que os ocupantes do Instituto Aerus pretendem continuar no local por tempo indeterminado. “Estamos confinados e aguardando. A ideia é que alguém venha conversar com a gente, mas, até agora, nossa situação está difícil, ainda não fomos procurados por ninguém.”

Eles têm pressa na solução do problema, porque o auxílio que recebem, de apenas 8% da parcela do fundo de pensão, será cortado no mês que vem. “Estamos lutando até agora pelo nosso direito. Pagamos durante 30 anos essa previdência, e agora ficamos sem o auxílio. O interventor já anunciou que, no mês que vem, o pouco que recebemos vai acabar. O que não pode é o governo cruzar os braços e ninguém vir até para solucionar o problema”, disse o diretor do Departamento Jurídico do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Marcelo Bona.

Segundo Marcelo Bona, os aposentados continuarão a reclamar seus direitos até serem ouvidos. “Vamos fazer barulho, queremos chamar a atenção da população para esse absurdo. O governo não fiscalizou, e a nossa situação só piorou com o passar do tempo”, ressaltou.

De acordo com a assessoria do Supremo Tribunal Federal (STF), o processo sobre as indenizações da extinta Varig será julgado após o recesso parlamentar.

Edição: Nádia Franco

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