Equador deve demorar semanas para definir situação de asilo do ex-agente norte-americano

26/06/2013 - 13h39

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo do Equador pode levar semanas para decidir sobre o pedido de asilo de Edward Snowden, ex-agente da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (sigla em inglês NSA), disse o ministro das Relações Exteriores, Ricardo Patiño. O chanceler fez a avaliação durante viagem à Malásia. Em maio, Snowden se refugiou em Hong Kong e, depois, seguiu para Moscou.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que o governo russo não extraditará Snowden para os Estados Unidos. “Ele [Snowden] é um homem livre e quanto antes decidir para onde quer ir, melhor”, disse Putin.

No último dia 23, o governo do Equador recebeu o pedido do ex-agente da NSA para asilo político no país. Ele havia deixado Hong Kong em direção à Rússia. Uma das ideias é que ele chegue ao Equador por intermédio de Cuba e da Venezuela. O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, confirmou a concessão de asilo ao norte-americano.

Patiño disse que o asilo foi concedido porque Snowden corre "perigo de perseguição" nos Estados Unidos. “O homem que tentou dar transparência aos fatos que afetam a todos é perseguido por aqueles que deviam dar explicações aos governos e aos cidadãos”, disse o chanceler.

O norte-americano denunciou que Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos e a Polícia Federal norte-americana (FBI) tinham acesso aos registos telefônicos. Segundo ele, também havia acesso aos servidores da internet, como Microsoft, Yahoo, Google e Facebook. O programa secreto, com o nome de código Prism, está ativo desde 2007 e permite à NSA ligar-se aos servidores das empresas para consultar informações sobre os utilizadores.

O caso foi denunciado por Snowden, que trabalhava numa empresa privada subcontratada pela NSA. O antigo consultor chegou no domingo a Moscovo proveniente de Hong Kong, onde estava refugiado desde 20 de maio.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa . 

Edição: Marcos Chagas

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