Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Representantes das centrais sindicais apoiaram hoje (26), durante encontro com a presidenta Dilma Rousseff, a proposta de um plebiscito no qual a população possa decidir quais devem ser os temas da reforma política. Apesar do apoio, eles vão manter as paralisações marcadas para o dia 11 de julho, pelos direitos dos trabalhadores.
O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, que também participou da reunião, disse que a presidenta pediu sugestões que possam ser incluídas no plebiscito. “A presidenta, com o apoio que eles deram ao plebiscito, pediu para que cada uma das centrais formulasse propostas, soluções, a fim de que, na elaboração do projeto que enviará ao Congresso, ela possa contemplar a opinião e as propostas das centrais sindicais”.
Alguns sindicalistas saíram da reunião insatisfeitos, porque esperavam que a presidenta apresentasse alguma proposta específica para a categoria. “Na nossa opinião, a reunião não deu um passo. Se queremos solução para os problemas colocados nas ruas ou para a pauta que colocamos, é muito importante fortalecer as paralisações e as greves que marcamos para o dia 11 de julho”, disse o presidente da Central Sindical e Popular, José Maria de Almeida. O deputado Paulo Pereira (PDT-SP), presidente da Força Sindical, disse que “a presidenta ouviu as centrais e foi embora sem nenhum encaminhamento”.
Na avaliação do presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, no entanto, a presidenta Dilma fez um chamamento para a discussão de saídas para a crise que o país vive, e que as reivindicações dos trabalhadores serão respondidas nas reuniões específicas. Por isso, segundo ele, foram chamadas centrais sindicais que não participam das negociações com o Ministério do Trabalho e Emprego.
“Essa reunião não foi chamada para discutir a pauta dos trabalhadores. Foi para discutir as manifestações e momento político do Brasil. A presidenta disse que é preciso, que nessa discussão, sejam levados em consideração os interesses dos trabalhadores organizados”, disse Freitas, reforçando que as centrais se juntarão no dia 11 de julho para reivindicar melhorias aos trabalhadores.
Edição: Beto Coura
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