Líderes do PMDB e do governo dizem que são a favor de Constituinte para reforma política

24/06/2013 - 22h31

Mariana Jungmann e Iolando Lourenço
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - A Executiva Nacional do PMDB vai se reunir amanhã (25) para discutir a proposta de um plebiscito a fim de convocar uma Assembleia Nacional Constituinte para fazer a reforma política. Segundo o líder do partido na Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a proposta da presidenta Dilma Rousseff é complexa e terá resultado a longo prazo.

“Ela fez uma proposta de Constituinte exclusiva. O PMDB amanhã, em sua Executiva Nacional, deverá tratar do tema. Eu, pessoalmente, defendo que pode ser, desde que tenha a reforma tributária junto. Mas é uma pauta de futuro, não é uma pauta que responde o problema presente. A Constituinte terá que passar na Casa, pode passar ou não passar, terá que ter uma emenda constitucional, é uma coisa complexa”, disse Cunha.

Em relação aos demais temas abordados pela presidenta na reunião de hoje com prefeitos e governadores, o líder peemedebista entende que não se trata de uma cobrança ao Legislativo e sim ações relativas à gestão do governo.

“Eu não entendo como ela [Dilma Rousseff] esteja cobrando a gente. Entendo que é uma ação de gestão do governo dela que ela tem de fazer mesmo. Acho positivo que se faça e que se possa melhorar a saúde, a educação, a mobilidade urbana do país e o combate à corrupção. Nós não temos nada contra isso. Achamos positivo, desde que seja feito realmente. Se ela falou, eu acredito que ela tem condição de fazer”, disse Eduardo Cunha.

O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), declarou que a proposta de uma Constituinte vem a partir da falha do Congresso Nacional em aprovar a reforma política. Braga é a favor do plebiscito proposto pela presidenta. “Eu sou a favor da ideia da Constituinte por uma única razão: fizemos várias tentativas de votações por diversas vezes sobre reforma política e ela não andou. É preciso entender os desdobramentos do que a presidente propôs”, destacou.

Na opinião dele, o plebiscito pode sim ser uma resposta rápida aos anseios da população que tem ido às ruas nos últimos dias. No entanto, acredita que o tema, assim como os outros levantados pelos protestos, precisa contar com um “pacto com a sociedade” para ser resolvido. “Talvez um pacto com a sociedade agilize o processo”, disse.

“Temos que ver os desdobramentos do posicionamento da presidenta. Um plebiscito nacional pode ser uma resposta rápida. A presidenta reuniu várias instâncias em torno do seu comando para responder a diversas questões como o combate à corrupção, a reforma política, a mobilidade urbana e a educação”, completou Braga.

 

Edição: Aécio Amado

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