Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As atividades culturais vinculadas à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que ocorrerá de 23 a 28 de julho na capital fluminense, estarão distribuídas por mais de 120 pontos da cidade. A informação é do gerente do setor de eventos culturais da JMJ, Gustavo Ribeiro, que participou hoje (24) de audiência pública da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O principal evento cultural será a exposição A Herança do Sagrado: Obras-Primas do Vaticano e de Museus Italianos, que será aberta no dia 10 de julho no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA).
A mostra trará pela primeira vez à América Latina obras de Leonardo da Vinci e de Michelangelo, entre outros artistas, que fazem parte do vasto acervo do Vaticano. “Pessoas que talvez jamais tenham chance de ir à Itália poderão ver essas obras em sua própria cidade”, disse Ribeiro. Ele ressaltou o legado que a JMJ deixará para o turismo no Rio de Janeiro, com a estimativa da vinda à cidade de 2 milhões de jovens.
Gustavo Ribeiro forneceu à comissão, presidida pelo deputado Robson Leite (PT), dados da última JMJ, ocorrida em 2011 em Madri, na Espanha. Segundo ele, 36% das pessoas presentes nas atividades culturais da jornada na capital espanhola eram turistas, que gastaram cerca de 172 milhões de euros (R$ 503 milhões) na cidade. “Em Madri, o lucro do Estado superou em muito seus gastos”, disse.
Ainda de acordo com o gerente, cerca de 500 voluntários vão produzir um roteiro de visita a 32 igrejas do Rio de Janeiro e de Niterói. Além disso, sete trilhas ecológicas estão sendo elaboradas pela União dos Escoteiros do Brasil. “Será um grande festival, não apenas religioso, mas cultural”, destacou Gustavo Ribeiro.
Também presente à audiência, o representante da comunidade Canção Nova, Izaias Carneiro, disse que jovens evangélicos e de outras religiões dividirão espaço com os católicos nas exposições, atividades e apresentações musicais que ocorrerão no Pavilhão 4 do Riocentro, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. “Os turistas, portanto, não serão apenas católicos”, enfatizou.
Edição: Juliana Andrade
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