Traficantes ordenam o fechamento do comércio em comunidade pacificada no Rio

17/06/2013 - 19h16

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Traficantes do Morro de São Carlos, no bairro do Estácio, na área central da capital fluminense, ordenaram o fechamento do comércio, nesta segunda-feira (17), devido à morte do traficante Anderson dos Santos Moura, de 29 anos, conhecido como Brinquinho. À tarde, poucas lojas abriram para atendimento ao público. Apenas uma farmácia e uma padaria funcionaram. Os comerciantes recebiam a entrega de mercadorias para trabalhar, mas continuavam com as portas fechadas.

No final da noite do último sábado (15), policiais militares faziam uma operação de rotina, na comunidade do Querosene, que faz parte do Complexo de São Carlos, quando se depararam com vários homens armados. Houve confronto e, no tiroteio, Brinquinho foi atingido. Ele morreu ao ser levado para um hospital público.

De acordo com a assessoria das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o policiamento segue reforçado na região e nas principais vias de acesso à comunidade.

Segundo a polícia, Brinquinho é um dos chefes do tráfico da região e tem ligações com o Nem da Rocinha, que foi preso quando tentava fugir da comunidade e cumpre pena em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Com Brinquinho, os militares encontraram uma pistola automática. O Morro de São Carlos recebeu a 17ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio, em maio de 2011.

Na região, atuam 253 policiais militares, sob o comando do capitão Ricardo Alves, atendendo a cerca de 17 mil pessoas. O Morro do Querosene faz parte do Complexo de São Carlos, composto pelas seguintes comunidades: São Carlos, Querosene, Mineira, Zinco, Azevedo Lima, Clara Nunes e Favela do Rato.

A Associação de Moradores do Morro do São Carlos não quis comentar a possível ação de traficantes nas comunidades vizinhas.

Edição: Juliana Andrade

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