Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo da Turquia, alvo de protestos há mais de duas semanas, considerou hoje (17) ilegal a greve geral, convocada pelos dois maiores sindicatos de trabalhadores do país. O ministro do Interior da Turquia, Muammer Guler, avisou que as manifestações serão reprimidas. Segundo ele, a paralisação é ilegal. “As forças da ordem não vão permitir essas ações”, ressaltou.
Os confrontos entre os manifestantes e a polícia em várias cidades da Turquia provocaram quatro mortes e mais de 5 mil feridos, além de 500 detidos. Os manifestantes protestam contra o governo, acusando-o de autoritário, e também contra as obras do Parque Gezi, em Istambul.
Os sindicatos dos representantes dos operários, Disk, e dos funcionários públicos, Kesk, representam cerca de 70 mil pessoas. "É impossível compreender a insistência em manter as manifestações”, disse o ministro.
As organizações sindicais pretendem promover manifestações nas principais ruas de Istambul e depois concentrar o protesto na Praça Taksim, na parte europeia da cidade. O local tornou-se símbolo da resistência nas últimas semanas. Desde as primeiras horas do dia, policiais suspenderam as ações na praça.
No sábado (15), a Praça Taksim e o Parque Gezi foram desocupados. Nos locais, havia vários manifestantes acampados. Foram usados gás lacrimogêneo e bombas de água para dispersar os manifestantes. O acesso aos locais é restrito.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Edição: Talita Cavalcante
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